Sindicato apoia projeto pioneiro de resgate da cultura em Mauá
Projeto apoiado pelos Metalúrgicos do ABC tem o objetivo de valorizar os sambistas e contar a história do Carnaval de Mauá para crianças e jovens de seis a 13 anos.
Barba distribui as revistas do Projeto
Na última sexta-feira, o diretor Administrativo do Sindicato, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, esteve na quadra da Escola de Samba Ordem e Progresso, em Mauá, para participar da oficina de resgate da cultura do samba na cidade.
A atividade faz parte do Projeto Sambrincar, idealizado pela União das Escolas de Samba de Mauá, a Uesma, e apoiado pelo Sindicato, com o objetivo de valorizar os sambistas e contar a história do carnaval para crianças e jovens de seis a 13 anos.
“Os Metalúrgicos do ABC cumprem mais uma vez seu papel de Sindicato Cidadão quando abraça um projeto social importante como este”, disse o diretor, lembrando que o Sambrincar será realizado nas quadras das 13 escolas que fazem parte da Uesma.
Preconceito
Barba lembrou que mesmo após a aprovação da lei que institui o ensino de cultura africana nas escolas, ainda há resistência em debater o tema.
“Apenas 5% das escolas estão seguindo esta lei dez anos depois de sua aprovação”, criticou.
“Esta iniciativa é mais uma oportunidade para que as crianças e jovens conheçam e se orgulhem da música, da dança e da arte produzida em suas comunidades e também possam falar sobre preconceito”, afirmou o dirigente.
“O carnaval tem tudo isso e é a maior festa popular do nosso País”, concluiu Barba.
Sambrincar contribui para a autoestima de crianças e jovens
Idealizadora do Projeto Sambrincar, a presidenta da Uesma, Sirlene Brito, agradeceu o apoio dos Metalúrgicos do ABC. “Se não fosse o Sindicato nem teríamos começado esse projeto”, declarou.
“Conhecer a própria cultura e mostrar a história de sambistas consagrados de Mauá, contribui para a construção da autoestima de nossas crianças e jovens”, disse Sirlene.
A história do carnaval de Mauá é contada de forma simples, por meio de uma revista para colorir, onde estão os instrumentos, as alas e o samba, entre outros elementos que compõem a festa.
Ao todo serão distribuídos mais de 100 mil exemplares da revista para as crianças e jovens da cidade.
Oficina
Cerca de 25 deles conheceram um pouco da história do carnaval e participaram da oficina de construção de um chocalho com bolinhas de ping-pong ‘recheadas’ com arroz.
A ideia de fabricar um instrumento de forma simples e artesanal foi de Elisabete Couceiro, a Beta, oficineira no Projeto.
A Escola de Samba Ordem e Progresso é a mais antiga de Mauá, com 55 anos de existência, e tem mais de 1.500 integrantes divididos em 25 alas, além da bateria com 90 componentes.
Da Redação