Sindicato defende a retirada da emenda que desfigura o PPE

Foto: Augusto Coelho

O presidente do Sindicato, Rafael Marques, continuou ontem a peregrinação em Brasília para que a emenda que desfigura o Programa de Pro­teção ao Emprego seja retirada da Medida Provisória 680, que institui o PPE. “A emenda que regulamenta a prevalência do negociado sobre o legislado não tem nada a ver com o PPE”, afirmou.

Na última quinta, dia 1º, a Comissão Mista da MP apro­vou o parecer do relator, de­putado Daniel Vilela (PMDB-GO), que aceitou a emenda que altera a Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, com o risco de a negociação prevalecer so­bre a lei, mesmo que haja perda de direitos do trabalhador.

Em conversa com o presiden­te da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, Robson Braga de Andrade, na manhã de ontem, Rafael destacou a possibilidade de debater a emenda de interesse dos em­presários, mas não inserida na MP que institui o PPE.

“Se os empresários atu­arem de forma unilateral, como estão fazendo, só irão piorar a situação do Brasil”, declarou Rafael. “A CUT e as centrais sindicais defendem o diálogo entre todas as en­tidades representativas para a retomada do crescimento do País e atitudes isoladas não contribuem para isso”, prosseguiu.

Segundo o dirigente, o de­putado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, do PT-SP, participou nos últimos dias de todas as agendas sobre a MP 680. “Nós nos dedicamos muito para ter a legislação que proteja os empregos dos trabalhadores em momentos de crise. O PPE não pode ser desfigurado e repudiamos de maneira categórica o que foi feito aqui na Comissão Mista”, concluiu.

Até o fechamento desta edição, a MP não tinha sido votada na Câmara dos Deputados.