Somos contra qualquer taxa obrigatória

A partir desta semana , a Tribuna Metalúrgica publica todas as terças-feiras a coluna do presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão. A coluna também estará disponível nas redes sociais do Sindicato. Esta semana o tema é imposto sindical. #FalaWagnão

Quero explicar um dos temas que está proposto na reforma Trabalhista que é o fim do imposto sindical. Este Sindicato e a CUT são totalmente contrários a qualquer taxa obrigatória, seja imposto sindical ou taxas negociais. Isso está nos estatutos da CUT desde quando a entidade foi fundada.

Nós defendemos que o trabalhador tem direito à livre associação ao sindicato que ele quiser e de definir a sua contribuição da forma que quiser. Que seja sócio por opção, não por imposição.

Na década de 90, o Sindicato entrou com um processo na justiça para impedir a cobrança das taxas obrigatórias. Nós perdemos esse processo e a justiça determinou que voltássemos a cobrar dos companheiros. Mesmo assim, devolvemos para os sócios do Sindicato aquele valor contribuído de forma obrigatória.

Também achamos que o trabalha­dor que não quiser se associar a nossa entidade sindical tem todo o direito de fazer isso. Mas se ele tem esse direito, também tem a obrigação de abrir mão dos acordos que os sócios dessa entidade promovem por meio da sua luta e da sua organi­zação.

Portanto, para deixar clara a nossa proposta, nós defendemos que os sindicatos sejam orga­nizados e, por meio da sua representatividade, possam definir qual a sua forma de contribuição e de subsistência. É por isso que somos contra qual­quer taxa obrigatória, mas também defendemos que os sócios tenham direitos às vantagens e conquistas que os trabalhadores promovem. Essa é a nossa posição.