Todos os grupos têm avanços nas cláusulas sociais

Vitória na Campanha foi conquistada com paralisações e mobilizações, como na Dana, em Diadema, no dia 18 de setembro

“Cláusulas sociais definem o dia a dia na fábrica”, diz Wagnão

Na última quarta-feira, a Federação Estadual dos Meta­lúrgicos da CUT, a FEM-CUT, assinou com a bancada patro­nal do Grupo 10 a Convenção Coletiva de Trabalho, CCT, da Campanha Salarial deste ano (Veja ao lado quadro com os novos pisos da categoria).

Com o acordo assinado com o G10, a CCT está garan­tida para os 205,5 mil metalúr­gicos da base cutista de São Paulo.

“A Campanha foi vitorio­sa apesar das adversidades que tivemos de enfrentar com paralisações e mobilizações”, lembrou o secretário geral do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.

Para o dirigente, os avan­ços sociais são tão importantes quanto os resultados econômi­cos.

“São as cláusulas sociais que estabelecem o dia a dia dentro da fábrica, melhoram as condições de trabalho e levam o trabalhador ao exercício pleno de cidadania”, disse Wagnão.

Mulheres e jovens

As cláusulas sociais, que valem por dois anos, também tiveram avanços significativos na Campanha, com destaque para a saúde do trabalhador, mulheres e jovens.

Pelos novos direitos nego­ciados com as bancadas patro­nais, as empresas de Fundição e do G2 abonarão de três a quatro faltas, dependendo do grupo, por trabalhador para que ele preste exames vestibulares.

Antes as empresas apenas aceitavam abonar as três ou quatro primeiras faltas para todos os trabalhadores, o que restringia o direito.

“Precisamos garantir que cada vez mais o jovem possa ter acesso às universidades e se qualificar”, afirmou Wagnão.

Gestantes

Outra importante conquis­ta, desta vez para as trabalha­doras gestantes, é o direito de solicitar a mudança de função de acordo com as necessidades impostas pela maternidade, com recomendações médicas, na Fundição, G2, G3, G8 e G10.

“A mulher trabalhadora tem o direito de, neste período onde a sua saúde requer mais cuidados, ter uma gestação tran­quila”, afirmou o secretário geral do Sindicato.

No G8 e na Estamparia, a licença maternidade de 180 dias, que na CCT passada esta­va como recomendação, passou a ser um direito da trabalhadora nestes grupos.

Pela nova Convenção, as empresas de Fundição, G2, G8 e Estamparia, terão até 24 horas para comunicar o Sindicato so­bre acidentes de trabalho com mutilação ou fatal. Antes o pra­zo era de 48 horas.

“É importante que o Sindi­cato possa ter informações so­bre acidentes de maneira mais ágil, para tomar providências rápidas nestas situações”, con­cluiu Wagnão.

Conheça a íntegra da Con­venção Coletiva de Trabalho acessando aqui.

Da Redação