Trabalhadores em Diadema estão mobilizados para a Greve Geral
Companheiros na Movent, Movent Forjados e Nakata aprovaram a luta contra a reforma da Previdência e a adesão ao movimento do dia 14 de junho
Fotos: Raquel Camargo
Os trabalhadores na Movent, Movent Forjados e Nakata, em Diadema, aprovaram a mobilização e a participação na Greve Geral contra a reforma da Previdência convocada pelas centrais sindicais para o dia 14 de junho.
Na assembleia, realizada na manhã de ontem, os dirigentes explicaram pontos da proposta do governo Bolsonaro, que representa o fim do Sistema de Seguridade Social e do direito à aposentadoria dos brasileiros.
O CSE na Movent, Ananias Batista Alves Júnior, o Juninho, reforçou a importância do espírito de luta tanto para encarar os problemas internos quanto na luta da classe trabalhadora contra a reforma da Previdência.
“O governo vem com esse papinho de que a proposta é para todos, mas não é. É uma ‘deforma’ para a classe trabalhadora, com a destruição total dos direitos”, afirmou.
O dirigente lembrou que a proposta praticamente acaba com o direito à aposentadoria especial, caso de quem trabalha em áreas insalubres.
“Hoje quem tem 25 anos de contribuição se aposenta, independente da idade mínima. Com a proposta, no meu caso, por exemplo, ao invés de faltar oito anos de trabalho, teria que trabalhar mais 19 anos”, contou.
Ao condicionar o acesso ao benefício a uma soma de pontos, que aumentará gradativamente, a proposta forçará o trabalhador a ficar até cerca de 60 anos de idade em local insalubre.
Se aprovada, também acabará com o tempo de conversão da especial em comum, já que muitos não completam os 25 anos de contribuição em local insalubre.
O CSE na Movent Forjados, Leandro Garcia Luz, o Lobinho, chamou os trabalhadores a estarem muito atentos ao que ocorre no país.
“Querem mexer no direito à aposentadoria com uma justificativa que é uma balela. Temos que estar unidos na luta do dia 30 em defesa da educação, inclusive porque muitos metalúrgicos são alunos ou têm filhos estudantes, e na Greve Geral do dia 14 de junho”, chamou.
Outro ataque gritante é a redução drástica do valor do benefício. Hoje são consideradas as 80% maiores remunerações para fazer a média do valor. Com a proposta, o cálculo deixaria de descontar as 20% menores remunerações, o que já rebaixa muito o valor.
Se passar, o benefício mínimo iniciaria em 60% do valor. Para ter 100%, seria preciso contribuir por 40 anos. No caso da aposentadoria especial, com 25 anos de contribuição, o valor do benefício seria de 70%, não mais de 100%.
O CSE na Nakata, Antenor de Souza, o Irmão, chamou a atenção para os R$ 40 milhões que o governo quer usar para enganar o povo de que a reforma é uma coisa boa.
“Trabalhador não pode acreditar em quem ganha milhões de reais, os apresentadores de TV que o governo quer usar para convencer a população. Precisamos ter consciência de luta e unir a classe trabalhadora para construir a Greve Geral”, concluiu.
Da Redação