Trabalhadores na Karmann-Ghia conhecem experiências de recuperação de fábricas
(Foto: Edu Guimarães)
Para discutir opções de futuro com os trabalhadores na Karmann-Ghia, o Sindicato realizou na sexta-feira, dia 7, o Seminário Internacional “Experiências de Fábricas Recuperadas por Trabalhadores na Argentina, Brasil, Espanha e Itália”. A atividade integra o processo de formação dos companheiros. Já foram realizadas rodas de conversa, palestras e dinâmicas em grupo.
“Se houver a possibilidade de que a decisão judicial sobre o pedido de falência da empresa favoreça a constituição de uma cooperativa, e essa também for a decisão dos trabalhadores, o empreendimento já tem que estar amparado por um processo de debate e discussão dos trabalhadores”, afirmou o secretário-geral do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.
No final de junho, após aprovação dos trabalhadores, o Sindicato entrou com pedido de falência da empresa, considerado a melhor alternativa para viabilizar o recebimento dos direitos trabalhistas.
“O caminho que está sendo seguido é o da preparação, alinhado à formação e à qualificação, para que no momento correto os trabalhadores possam decidir de maneira responsável sobre o futuro da empresa”, prosseguiu.
O secretário-geral destacou a importância de ouvir as experiências internacionais de cooperativismo. “Os erros e acertos com certeza poderão ser aproveitados pelos companheiros na Karmann-Ghia na definição dos rumos”, disse.
“Reafirmamos que o Sindicato estará junto em todas as decisões que tomarem para garantir os direitos, seja gerir o negócio, a via da luta ou a via judicial”, ressaltou.
O evento foi promovido em conjunto pela Unisol Brasil e a Nexus Itália, entidade de cooperação e apoio ao desenvolvimento, ligada à Confederação Geral Italiana do Trabalho, a CGIL. Foram apresentadas iniciativas no Brasil, Argentina, Espanha e Itália. Após o seminário, os palestrantes visitaram a fábrica.
Na próxima sexta, dia 14, às 14h, o tema da formação aos trabalhadores será “Aspectos jurídicos do cooperativismo”.
A Karmann-Ghia foi ocupada pelos trabalhadores em 13 de maio, após o abandono da fábrica pela direção da empresa. Na época, um parecer da justiça favorável aos antigos proprietários gerou um impasse em relação ao real dono da autopeças.
(Foto: Edu Guimarães)
Os trabalhadores no mandato do deputado estadual Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, doaram R$ 750 aos companheiros na Karmann-Ghia durante o Seminário Internacional.
Da Redação