Trabalhadores na Movent, Nakata e Fiamm estão mobilizados para a eleição
Foto: Adonis Guerra
1º turno da eleição do Sindicato, que elege os CSEs, será nos dias 17 e 18 de março. São 55 fábricas com Comitês Sindicais, 1 Comitê de Aposentados e 196 representantes.
Os trabalhadores na Movent e Nakata, em Diadema, e Fiamm, em São Bernardo, aprovaram em assembleias ontem o apoio aos candidatos a CSEs nas eleições do Sindicato, e a mobilização e organização necessárias para discutir o futuro dos empregos e da indústria na região e no país.
Em Diadema, o secretário-geral do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva, explicou que o momento é de refletir sobre os desafios de futuro dos trabalhadores.
“O que vai balizar o próximo mandato é a resistência e a luta por direitos. Vivemos uma sequência de retirada de direitos no país, com as reformas Trabalhista, da Previdência e agora a Carteira Verde e Amarela”, afirmou.
Outro desafio é a discussão da região e da indústria. “A indústria está sendo desmontada e vem perdendo relevância na produção mundial. E não vemos reação dos governos nem política industrial. Esse tema pode parecer distante, mas são os nossos empregos e direitos em pauta”, explicou.
O coordenador da Regional Diadema, Claudionor Vieira do Nascimento, ressaltou que não adianta uma conquista pontual de PLR, por exemplo. “Se perdermos a organização no local de trabalho, perdemos todos os direitos. Com a representação respaldada pelos trabalhadores, a fábrica é obrigada a respeitar o CSE e, a partir daí, é possível avançar nas negociações e conquistas. É preciso união dos trabalhadores para fazer valer os direitos”, disse.
O CSE na Movent, Ananias Batista Alves Júnior, o Juninho, relembrou as diversas lutas e as dificuldades dentro da fábrica. “É preciso ter pé no chão, humildade e sinceridade sempre para resolver os problemas e, se preciso for, tomar ações, com muita responsabilidade com cada pai e mãe de família que tem aqui. Tamojunto!”, afirmou.
O CSE na Nakata, Antenor de Sousa, o Irmão, destacou que a eleição é um momento fundamental. “As conquistas precisam ser valorizadas e temos que ter cuidado para não perder o que temos. Participe da eleição! O Sindicato não é o prédio ou o caminhão, somos todos nós. Juntos vamos defender os direitos e atravessar o caos que o país está”, chamou.
Fiamm
Na Fiamm, o coordenador de área, Jonas Brito, destacou a importância de fortalecer o CSE. “Isso se dará com a participação de vocês na eleição. O Nildo depende do percentual de votos para que possa continuar na luta para melhorar as condições de trabalho e na defesa dos direitos”.
Foto: Edu Guimarães
O diretor executivo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno, lembrou que o momento da eleição também é essencial para reafirmar o papel do Sindicato dentro da empresa e que isso vai muito além das discussões de PLR, Convenção Coletiva e data base.
“Temos sentido os impactos da desindustrialização de forma muito forte na nossa região, por falta de uma política pública que aponte caminhos para o fortalecimento e o desenvolvimento. Em geral, a indústria aqui investe pouco em pesquisa. É extremamente importante que a gente paute a discussão sobre o desenvolvimento de produtos, porque quando a indústria só reproduz o que é criado fora, a qualquer momento pode encerrar a atividade aqui e ir para outro lugar”.
Os companheiros e companheiras também aprovaram a PLR negociada entre o Sindicato e a fábrica. O valor será pago em duas parcelas, sendo a primeira em julho deste ano e a segunda em janeiro de 2021. O CSE Josenildo de Lira Aristeu, o Nildo, colocou a PLR em votação e agradeceu o apoio da companheirada.