100 anos de Dom Paulo Evaristo Arns: O Pastor das Periferias e o Cardeal da Esperança.
O título desta coluna é uma das muitas formas como Dom Paulo foi chamado ou descrito pelo seu compromisso com os mais pobres, com os oprimidos e com os perseguidos politicamente nos seus 95 anos de existência, iniciados em 14 de setembro de 1921 e interrompidos em 14 de dezembro de 2016.

Durante a Ditadura Militar, Dom Paulo assumiu uma postura corajosa e ousada em defesa da democracia colocando-se ao lado dos presos políticos denunciando, as torturas e as violações dos direitos humanos promovidas pelo regime militar. Chegou a reunir-se em 1974 com o general Golbery do Couto e Silva para apresentar um dossiê sobre 22 desaparecidos, junto a familiares das vítimas.
Dom Paulo permaneceu ao lado do corpo de Santo Dias, assassinado pela polícia militar quando comandava um piquete na zona sul de São Paulo durante a greve dos metalúrgicos em outubro 1979, até que este foi liberado para o velório que aconteceu na igreja da Consolação, zona central da capital paulista. Na manhã do dia 31 de outubro foi realizado um cortejo com mais de 30 mil pessoas que conduziu o corpo de Santo Dias até a Catedral da Sé onde foi celebrada uma missa por Dom Paulo Evaristo Arns.
Como afirma Evanize Sidow, biógrafa de Dom Paulo: “Hoje talvez a gente não tenha a noção do quanto Dom Paulo foi importante e quanto a democracia hoje deve a ele”. Assim como Paulo Freire, Dom Paulo Evaristo Arns, deve ser celebrado no seu centenário como símbolo de coragem na luta em defesa dos oprimidos num período em que o obscurantismo político ameaça a democracia novamente em nosso país.
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