100 anos do PCB e seu legado de lutas 

No dia 25 de março de 1922, nascia o PCB (Partido Comunista Brasileiro), que marcou a história política do país. Fundado por um grupo de ex-anarquistas, tendo Astrogildo Pereira à frente, a criação do PCB refletia o enorme impacto que a Revolução Russa teve sobre as esquerdas em todo o mundo.

Foto: Divulgação

De 1945 a 1964, os comunistas tiveram grande influência sobre o movimento sindical. Lideraram grandes greves, como a dos 300 mil, em 1953; a dos 400 mil, em 1957; pelo 13º salário, em 1961; a dos 700 mil, em 1963. Criaram importantes organizações intersindicais como o MUT (Movimento Unificador dos Trabalhadores), em 1945; o PUI (Pacto de Unidade Intersindical), em 1954; o PUA (Pacto de Unidade e Ação), em 1961. Estiveram à frente em aliança com os trabalhistas do PTB, da fundação do CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), em 1962.

Na região do ABC, os comunistas deixaram uma importante marca de sua atuação ao fundarem o Sindicado dos Metalúrgicos e dos Químicos de Santo André e região na década de 1930. Exerceram grande influência sobre o movimento sindical por meio de lideranças como Armando Mazzo, Marcos Andreotti, Miguel Güilhen, Rolando Fratti, entre outros.

Orisson Saraiva de Castro trabalhou como eletricista na Mercedes desde 1958, era membro do PCB desde 1945 e foi um dos fundadores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema em agosto de 1959, sendo o primeiro secretário-geral da entidade. Derly José de Carvalho foi outro quadro do PCB, que participou da segunda diretoria do Sindicato, quando foi preso na manhã do dia 1º de abril, na Sede, logo após o golpe de 1964, sendo torturado e permanecendo quase dois anos presos.

Os comunistas deixaram às futuras gerações um importante legado de lutas e dedicação à causa dos trabalhadores na região e no país.

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