13º Cecut começa nesta quarta-feira

Encontro debaterá estratégias de luta para promover condições de vida digna dentro e fora do ambiente de trabalho


Teonílio Monteiro, o Barba, diretor executivo do Sindicato. Fotos: Rossana Lana / SMABC

De quarta (16/5) a sábado (19/5), 75 delegados do Sindi­cato estarão em Serra Negra para participar do 13º Cecut – Con­gresso da CUT Estadu­al São Paulo – e debater o tema Liberdade e Autonomia Sindical: Democratizar as Rela­ções de Trabalho para Garantir e Ampliar Di­reitos.

“Vamos discutir o fortalecimento da or­ganização no local de trabalho e decidir as ações necessárias para os trabalhadores terem o direito efetivo à re­presentação sindical”, disse Teonílio Montei­ro da Costa, o Barba, diretor executivo do Sindicato.

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Outro tema será Desenvolvimento com Qualidade para Mu­dar São Paulo, com objetivo de elaborar estratégias de luta para conquistar condições de vida digna dentro e fora do ambiente de trabalho.

“Nossa tarefa é organizar e fazer o en­frentamento ao modelo neoliberal do governo do PSDB, que precari­za a educação, a saúde e os serviços públicos”, afirmou Barba.

Também serão discutidas as restrições ao crédito e cheque especial — entre outros que estão estrangulan­do a economia e difi­cultado o crescimento da indústria — e o apoio às medidas do governo federal para reduzir os juros no País.

“A CUT é inde­pendente e autôno­ma, mas deve se posi­cionar em relação ao enfrentamento com o sistema financeiro no Brasil. Não podemos aceitar que os ban­cos pratiquem taxas extorsivas e especu­lem à vontade em detrimento do nos­so desenvolvimento”, enfatizou.

Barba destacou também a recondu­ção de Adi dos Santos Lima, metalúrgico do ABC e trabalhador na Mercedes-Benz, à pre­sidência da entidade, o que deverá ocorrer durante o 13º Cecut.


Adi dos Santos Lima, presidente da CUT-SP

CUT-SP quer nova estrutura sindical
O presidente da CUT-SP, Adi dos San­tos Lima, adian­tou que a busca por uma nova estrutura sindical terá destaque durante o Congresso da CUT/SP.

Os debates serão feitos a partir de ex­periências existentes de organização sindi­cal no local de traba­lho, como as que estão ocorrendo entre os metalúrgicos do ABC, de Taubaté, Salto, Soro­caba e Pindamonhan­gaba, com a instituição de CSEs.

“Estas iniciativas são alguns exemplos do que desejamos na construção de uma nova estrutura sindical para substituir a atual”, diz o dirigente.

Segundo ele, o 13º Cecut também vai aprofundar as discus­sões sobre o desmonte do Estado pelo atual governo de São Pau­lo, que terceiriza suas responsabilidades e transfere para a inicia­tiva privada as gestões da educação, da saúde e da segurança.

No balanço sobre o mandato, Adi, que deve ser reconduzido ao cargo, vai destacar o trabalho coletivo da atual diretoria e o apro­fundamento das rela­ções com movimentos sindicais e sociais na América Latina, África e países do Brics (Bra­sil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Da Redação