13º Congresso reúne sindicalistas de todos os continentes para fortalecer a luta feminista
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Centenas de sindicalistas feministas brasileiras estão reunidas com milhares de mulheres de todos os continentes no campus da Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, em Florianópolis, desde domingo, 30, no 13º Congresso Mundos de Mulheres, o MM.
Essa é a primeira vez que o evento é realizado na América do Sul. A atividade ocorre até o próximo dia 4, junto ao Seminário Internacional Fazendo Gênero. Entre os temas de destaque estão o direito de viver sem violência, educação e gênero, descriminalização do aborto e sexualidades.
“A grande diferença desta edição é que pela primeira vez na história do MM, há junção entre a academia e a sociedade civil. Uma oportunidade, para as mulheres dos mais variados movimentos, como índias, trabalhadoras do campo, da cidade, negras, mulheres trans, travestis, bissexuais e lésbicas, de criar uma grande rede mundial de mulheres contra o machismo, racismo e o patriarcado”, explicou a trabalhadora rural e vice-presidenta da CUT, Carmen Foro.
“Para nós, militantes feministas do movimento sindical, é uma oportunidade de debater o mundo do trabalho com outras organizações do movimento social e de mulheres que fazem parte da academia para trocarmos experiências a partir do nosso lugar. Poder fazer esse intercâmbio só enriquecerá o mundo das mulheres em sua totalidade”, afirmou a secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Junéia Martins Batista.
Além dos auditórios onde ocorrem os debates e palestras, há três grandes tendas: uma tenda da saúde, com representantes do Conselho Nacional da Saúde, outro espaço chamado de Tenda Feminista e solidária, com comércio feminista alternativo e venda de artesanatos; e a Tenda Mundo de Mulheres, um espaço de troca de vivências e intercâmbio culturais.
“A CUT acertadamente participa das atividades do Fazendo Gênero pautando a saúde da mulher no momento de retirada de direitos como estamos passando”, explicou a secretária Nacional da Saúde do Trabalhador da entidade, Madalena Margarida.
O congresso conta também com minicursos e oficinas, lançamentos de livros, revistas e DVDs, a 2ª Exposição Arte e Gênero, atividades artísticas e mostras audiovisual e fotográfica.
Marcha por direitos
Também está na programação a “Marcha Mundo de Mulheres por Direitos”, que ocorre amanhã. A marcha, além de chamar atenção para as pautas gerais, também vai denunciar as múltiplas violências, opressões e assédios, físicos e psicológicos que matam e adoecem mulheres diariamente no Brasil.
“A cidade vai ter que parar! Nós iremos ocupar as ruas da cidade com as bandeiras e faixas da CUT para chamar atenção e sensibilizar a população para entender as demandas das mulheres do mundo”, explicou a diretora executiva da CUT Nacional, Mara Feltes.
Da Redação.