13º salário da categoria injetará R$ 490,3 milhões na economia da região
Estudo da subseção do Dieese no Sindicato revela que categoria responde por mais de 10% de todo o valor do 13º salário pago na região

O pagamento do 13º salário aos trabalhadores e trabalhadoras da base dos Metalúrgicos do ABC deve movimentar R$ 490,3 milhões na economia da região em 2025. A projeção é da subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) no Sindicato, elaborada a partir de dados da Rais (Relação Anual de Informações Socioeconômicas), do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego, além de informações do Ministério da Previdência Social.
A categoria é formada por 73,3 mil trabalhadores com vínculo formal nas indústrias de São Bernardo do Campo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, com rendimento médio mensal de R$ 6.687,73. Esse contingente representa 5,1% do total de pessoas que devem receber algum abono de fim de ano na região. Ainda assim, os metalúrgicos respondem por 10,5% de todo o valor previsto para ser pago este ano, o que evidencia o peso estratégico do setor na dinâmica econômica regional e no fortalecimento da cadeia produtiva e comercial.

Para o presidente do Sindicato, Moisés Selerges, os números traduzem, na prática, a importância do emprego com direitos garantidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). “Quando falamos de carteira assinada, férias, 13º salário, jornada definida e proteção trabalhista, estamos falando de impactos reais na vida das pessoas e na economia das cidades”, destacou.
Segundo o dirigente, o 13º salário é um exemplo direto desse efeito positivo. “Ele injeta recursos significativos na nossa região, estimula o consumo, fortalece o comércio e ajuda a impulsionar a geração de empregos. Por isso, recebemos com satisfação a entrada desse valor na economia local. É um ciclo virtuoso, no qual todos podem ganhar”, afirmou.
Representatividade

Na comparação com o total de trabalhadores formais do Grande ABC, os metalúrgicos representam cerca de 8% dos postos de trabalho, mas concentram 14,8% de todo o valor pago em 13º salário na região. Já entre os trabalhadores da indústria de transformação, a categoria responde por expressivos 36,1% do montante destinado ao pagamento do benefício nesse setor, o que reforça seu protagonismo econômico.
Impacto total
A subseção do Dieese também estimou os valores globais do 13º salário destinados ao Grande ABC em 2025, considerando todos os setores da economia. No total, o benefício deve movimentar cerca de R$ 4,7 bilhões na região, sendo R$ 3,3 bilhões provenientes de trabalhadores com carteira assinada e R$ 1,4 bilhão pagos a aposentados e pensionistas da Previdência Social.
As sete cidades respondem por, aproximadamente, 1,26% de todo o valor pago em 13º salário no país, que está estimado em R$ 369,4 bilhões para 2025, segundo estudo do Escritório Nacional do Dieese. Ao todo, cerca de 1,4 milhão de pessoas na região devem ser beneficiadas com o pagamento do 13º, sendo 911,3 mil trabalhadores com carteira assinada e 536,9 mil aposentados e pensionistas.