161 países elegem João Felício presidente da CSI

O III Congresso da Con­federação Sindical Internacio­nal (CSI) foi encerrado com a eleição do ex-presidente da CUT, João Antonio Felício (foto), para a presidência da entidade que representa mais de 180 milhões de traba­lhadores em todo o mundo. Eleito por unanimidade pelos 1.500 delegados de 161 países presentes no Congresso da entidade, ocorrido em Berlim, o atual secretário de Relações Internacionais da Central será o primeiro brasileiro e latino­-americano a presidir a CSI.

Como avalia sua eleição?

Representamos o anseio de mudanças expresso por cen­tenas de centrais que querem avanços na política e uma ges­tão mais participativa na CSI.

De que forma colocar estas mudanças em prática?

Acredito na construção de consensos. Com esta linha de atuação, vamos ajudar a formar uma entidade efetiva­mente mundial, mais próxima às necessidades da base, mais presente nas lutas dos traba­lhadores.

O que fazer neste contexto de agravamento econômico?

Estimular campanhas para colocar em movimento a classe trabalhadora. Poucos são os países como o Brasil, em que conseguimos manter postos de trabalho, direitos e salários com aumento real. Por isso é preciso ir além da pauta trabalhista e defender um novo modelo de desenvolvimento, que seja sus­tentável, priorize a distribuição de renda e a justiça social.

Qual o principal nó a ser desatado?

A crescente concentração de renda. É inaceitável que, em pleno século 21, tenhamos uma minúscula elite de 300 bilionários com mais recursos do que três bilhões de seres hu­manos, metade da população mundial.

Da Redação