17ª Plenária Nacional da CUT encerra quatro dias de debates sobre democracia, trabalho e soberania nacional

Encontro realizado na Quadra dos Bancários, em São Paulo, reuniu lideranças de todo o país para definir estratégias de luta e fortalecer o protagonismo da classe trabalhadora

Foto: Dino Santos

A 17ª Plenária Nacional da CUT termina hoje após quatro dias de intensos debates iniciados na última terça-feira, 14, na Quadra dos Bancários, em São Paulo. Sob o tema “Novos tempos, novos desafios”, o encontro reuniu 669 delegados e delegadas de todo o país, presencialmente e online, para atualizar a estratégia de luta da Central diante das transformações no mundo do trabalho e dos desafios políticos e tecnológicos.

O evento homenageou João Batista Gomes, o Joãozinho, dirigente histórico da CUT falecido em abril. A abertura contou com a presença de lideranças sindicais, movimentos sociais e partidos políticos, e exibiu um vídeo sobre o papel do sindicalismo na reconstrução de um país mais justo. O grito coletivo de “Sem Anistia!” ainda ecoou durante a solenidade, reafirmando o compromisso da classe trabalhadora com a democracia.

Foto: Adonis Guerra

O presidente dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, destacou o orgulho e a responsabilidade da categoria na construção da Central. “Trago aqui um abraço solidário dos companheiros e companheiras do nosso Sindicato. Fizemos questão de estar presentes para reafirmar nossa admiração por esta Plenária, exemplo de democracia e participação popular. A CUT é construída todos os dias, dentro das fábricas, nas ruas e comunidades. É aqui que reafirmamos o que nos move: a defesa dos direitos, a redução da jornada, o fim da escala 6×1 e o fortalecimento da negociação coletiva. Temos muito orgulho de fazer parte da maior central sindical da América Latina”.

Luta

O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, ressaltou que o encontro é símbolo da força e da consciência da base. “A militância sindical está preparada para enfrentar as transições tecnológica e ambiental, que desafiam o trabalho e a organização sindical. O que está em jogo nas próximas eleições é o projeto de nação. Precisamos estar nas ruas e nas urnas defendendo democracia, direitos e soberania”.

Foto: Adonis Guerra

O secretário-geral da CUT-SP, Daniel Calazans, destacou o caráter estratégico da atividade. “A 17ª Plenária reafirma o papel da Central de pensar o mundo e agir em cada canto do país, combatendo a pobreza, a fome e o desemprego. Nosso foco é garantir renda digna, desenvolvimento com distribuição de riqueza e fortalecer uma democracia inclusiva e participativa. Seguiremos nas fábricas, nas ruas e nas redes dialogando sobre a importância de um voto consciente, que reafirme soberania e direitos para todos e todas”.

As plenárias nacionais da CUT acontecem a cada quatro anos e servem como espaço de renovação de estratégias, reafirmação de princípios e mobilização para as próximas lutas. Nesta 17ª edição, os debates se concentraram em fortalecer o sindicalismo cutista, atualizar a reflexão sobre a conjuntura nacional e internacional, defender a democracia e a soberania, além de elaborar um plano de lutas e ações para os próximos anos.