1º de maio é um dia de luta

A luta pela redução da jornada de trabalho é o ponto de partida para conquista do dia 1º de Maio como Dia Internacional dos Trabalhadores.

Em 1º de maio de 1886, começa uma greve geral no Estados Unidos. A reivindicação era jornada diária de 8 horas. Eram comuns as jornadas de trabalho, em várias partes do mundo, chegarem a 14, 16 e até 18 horas diárias.

Não haviam regras nas relações de trabalho no início da industrialização. Crianças trabalhavam nas fábricas a partir dos 7 anos. Os acidentes de trabalho eram punidos com a demissão do acidentado. Não havia regras salariais.

O depoimento de um capataz de uma fábrica de algodão no parlamento inglês, em 1816, sintetiza como era relação de trabalho:

– Eram aprendizes órfãos?
– Todos eram aprendizes órfãos.
– E com que idade eram admitidos?
– Os que vinham de Londres tinham entre 7 e 11 anos, os que vinham de Liverpool, tinham de 8 a 15 anos.
– Até que idade eram aprendizes?
– Até os 21 anos.
– 15 horas de trabalho era um horário normal?
– Sim
 – Quando a fábrica parava para reparo ou falta de algodão, tinham as crianças, posteriormente, trabalhar mais para recuperar o tempo perdido?
– Sim.
– As crianças ficavam de pé ou sentadas para trabalhar?
– De pé
– Durante o tempo todo?
– Sim.
– Havia cadeiras na fábrica?
– Não. Encontrei com frequência crianças pelo chão, muito depois da hora em que deveriam estar dormindo.
– Havia acidentes nas máquinas com as crianças?
– Muito frequentemente.

1. O Estado contra os trabalhadores
2. A expansão da luta operária
3. Explodem as greves pelas 8 horas em maio de 1907
4. São Paulo é dos trabalhadores
5. A ordem no caos
6. Um país de luta
7. O Estado Novo. Um novo 1º de maio
8. O golpe de 64
9. No ABC, o novo sindicalismo

Publicação de responsabilidade da assessoria e diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, edição comemorativa, 1º de maio de 2000.

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