1º de Maio é um momento privilegiado para o debate

Jornada e contratos de trabalho regulamentados, organização sindical e legislações de saúde e segurança. Essas são algumas das garantias mínimas que os trabalhadores têm hoje.

É pouco, porém representam avanços significativos em relação ao que o capitalismo planejou para classe trabalhadora.

Há até 120 anos eram comuns jornadas de 16 horas, inclusive para crianças, controle total do ambiente de trabalho e até multas para quem bebesse água, se lavasse ou assobiasse no local de trabalho. As relações de trabalho não tinham qualquer tipo de regulação.

Parar a máquina, jamais!

Os trabalhadores, entretanto, sempre reagiram a essas condições. Procuraram dar um sentido próprio ao trabalho e às novas formas de produção. Nesse movimento questionam o tipo de organização social e política que o trabalho, delineado no molde capitalista, imprime para a humanidade.

O 1º de Maio surge como catalisador de todo questionamento e concretiza as lutas e a ação política dos trabalhadores para a transformação social. No decorrer dos anos, a data se firmou como um marco para novas reflexões sobre os sentidos do trabalho e sua natureza estruturante da sociedade.

A história de luta dos trabalhadores tem muito a ensinar às próximas gerações. Uma delas é apontar os caminhos para vencer os desafios para uma repartição justa dos progressos material e cultural produzidos pela própria sociedade. Outro ensinamento é a luta para preservar direitos mínimos, conquistados com muita luta e sangue por gerações anteriores.

Conhecer essa história contribui com as reflexões que vão determinar a ação humana para preparar a organização das futuras relações de trabalho e sociais.