1º de Maio – Um povo de lutas: Esquerda tenta golpe e direita implanta ditadura

Esquerda tenta golpe por um governo socialista

A Intentona Comunista
foi uma tentativa de golpe
político-militar promovido
em 1935 por uma frente das
esquerdas com o objetivo
de derrubar o presidente
Getúlio Vargas e instalar
um governo socialista no
Brasil.

Em março de 1935,
comunistas, socialistas, tenentistas,
sindicalistas e
parte dos liberais formam a
Aliança Nacional Libertadora
(ANL) como forma de
combater o crescimento do
fascismo no Brasil, formado
pela burguesia e classe
média.

A ANL defende a instalação
de um governo popular
voltado para o fim
das oligarquias e do autoritarismo.

É aprovado um programa
de reformas sociais,
econômicas e políticas como
o não pagamento da
dívida externa, implantação
da reforma agrária e nacionalização
das empresas estrangeiras.

Para a presidência da
ANL foi escolhido Luís
Carlos Prestes, ex-capitão
do Exército e líder tenentista,
que ocupava a direção
do Partido Comunista
Brasileiro.

Em julho de 1935,
Prestes, em nome da ANL,
lança documento protestando
contra as medidas autoritárias
de Getúlio e pede sua
renúncia.

Em represália, o governo
federal decreta a ilegalidade
da ANL, acusada de
ser controlada por comunistas
estrangeiros, prende
seus líderes e dá início a
forte campanha contra os
comunistas.

O PCB passa a preparar
uma rebelião militar, que
seria o sinal para uma greve
geral e o início da revolta
popular.

A luta –
No dia 23 de novembro
a revolta explode em Natal,
Rio Grande do Norte. Os
revoltosos ocupam os quartéis
e depois a sede do governo
estadual, instalando
um governo revolucionário
que duraria três dias.

No dia 25 o levante
acontece no Recife, com
ataque de militares rebeldes
aos quartéis.

O levante de maior
importância aconteceu no
Rio, no dia 27, envolvendo
o 3º Regimento de Infantaria,
na Praia Vermelha, o 2º
Regimento de Infantaria e o
Batalhão de Comunicações,
na Vila Militar, e a Escola
de Aviação, no Campo dos
Afonsos.

Desorganizados, os
rebeldes foram cercados e
dominados rapidamente pelo
Exército e Marinha.

Caça aos comunistas –
Com o movimento
derrotado, o governo decreta
estado de sítio e dá
início a forte repressão aos
comunistas e simpatizantes
em todo o País. Os líderes
são presos, torturados e alguns
morrem.

O Partido Comunista
foi colocado na ilegalidade.
Prestes ficou preso até
1945. Sua mulher, Olga Benário,
comunista e judia, foi
entregue à Gestapo, polícia
política nazista, e morreu
num campo de concentração
alemão em 1942.

Na tentativa de desqualificar
a revolta, a cúpula
militar passa a chamar o levante
de intentona, que significa
intenção louca, plano
insensato.

Além disso, a intensa
participação de oficiais e
suboficiais no levante alertou
o Exército, que passa
a promover um expurgo
ideológico dos militares de
esquerda.

A repressão ao movimento
preparou o terreno
para Vargas decretar o Estado
Novo, em 1937.

Militares derrubam Jango e impõem ditadura

O golpe de 1964 foi
um movimento militar que
derrubou o presidente João
Goulart e instalou no País
uma ditadura por 21 anos.

A ditadura se caracterizou
pela falta de democracia,
fim dos direitos constitucionais,
censura, perseguição
política e repressão aos que
se opunham aos militares.

O País vivia uma crise
política desde 1961, com
a renúncia do presidente
Jânio Quadros. Seu vice,
João Goulart, conhecido
por Jango, assume em clima
tenso, pois era considerado
o herdeiro político de Getúlio
Vargas.

Em seu governo, os
trabalhadores, estudantes e
organizações populares ganham
espaço. Esses grupos
progressistas eram chamados
de esquerda e, muita vezes,
associados ao comunismo.

Crise –
A política de Jango desagradou
os conservadores,
a elite econômica, setores da
classe média, a I