1º encontro dos ex-trabalhadores na Ford celebra histórias de luta e conquistas
A confraternização foi realizada na última sexta-feira, dia 5, no espaço Celso Daniel, ao ado da Sede
Com direito a votação por mais reuniões e pela manutenção da luta, o 1º encontro dos ex-trabalhadores na Ford, em São Bernardo, reuniu cerca de 200 pessoas, entre ex-presidentes do Sindicato, ex-dirigentes e militantes da categoria. A confraternização foi realizada na última sexta-feira, dia 5, no espaço Celso Daniel, ao lado da Sede.
O ex-presidente dos Metalúrgicos do ABC e presidente do TID-Brasil (Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento), Rafael Marques, destacou a unidade de quem esteve sempre na luta.
“O que este Sindicato significa no ABC, no estado de São Paulo e no Brasil tem a luta de todos nós. É a resistência que praticamos em nome da categoria, do Sindicato, do Lula, contra as maldições que foram tentadas contra a classe trabalhadora”, afirmou.
“Construímos com raça, dignidade, peito estufado na hora de fazer a luta, batalhar e conquistar, uma história bonita. O Brasil foi beneficiado pela história de luta deste Sindicato, desta categoria e dos trabalhadores na Ford”, ressaltou.
O diretor administrativo dos Metalúrgicos do ABC, Wellington Messias Damasceno, reforçou que são companheiros e companheiras que construíram o Sindicato.
“Tem um ditado que diz que os trabalhadores e trabalhadoras saem da categoria, mas a categoria não sai de dentro da gente. Este encontro é a prova viva disso. A Ford tomou a decisão de fechar, os companheiros entenderam toda a luta para manter a fábrica e mantêm a alegria de fazer uma confraternização, com espírito de unidade e solidariedade que são as marcas do Sindicato”.
“É uma alegria enorme estar aqui. Este Sindicato só me proporcionou felicidade e companheirismo. Hoje é dia de rever os amigos da fábrica. A Ford fechou, mas os amigos continuam aqui e hoje fazendo uma grande festa para comemorar a nossa participação na política, no movimento sindical e na sociedade brasileira”, Heiguiberto Della Bella Navarro, o Guiba.
“A empresa foi embora do Brasil, mas o que construímos, enquanto trabalhadores e trabalhadoras na Ford, é uma coisa fantástica. Ela foi embora e nós, que compusemos a primeira Comissão de Fábrica durante a ditadura militar, ajudando a conquistar a democracia no Brasil, formamos uma comunidade. Isso mostra o carinho, a construção de um coletivo que gosta um do outro, gosta do que fez, gosta do que construiu”, José Lopez Feijóo.
“O reencontro me lembra muitas coisas boas. Foi a primeira montadora onde nós conquistamos a Comissão de Fábrica, isso graças a luta desses guerreiros. Hoje estamos aqui, lamentavelmente, sem a Ford, mas animados e continuando a luta mesmo sem a empresa”, Jair Meneguelli.