25º Grito dos Excluídos: 7 de setembro é dia de ir às ruas
Trabalhadores, estudantes e movimentos sociais gritarão contra a desigualdade, por democracia, soberania e educação, em defesa da Amazônia, da aposentadoria e direitos
Neste 7 de setembro, a classe trabalhadora, convocada pela CUT e outras centrais, vai se juntar as mobilizações do 25º Grito dos Excluídos “Vida em primeiro lugar! Este sistema não vale: Lutamos por justiça, direitos e liberdade” que acontece em mais de 150 cidades em todos os estados brasileiros. Em São Paulo a concentração será a partir das 9h na Praça Oswaldo Cruz, Paraíso, no começo da Avenida Paulista.
O Grito dos Excluídos denuncia o agravamento da desigualdade social, a destruição do meio ambiente, cortes de recursos na educação e áreas sociais, entrega do patrimônio público, escalada do desemprego, retirada de direitos e paralisação da economia.
A mobilização também critica a reforma da Previdência, mais um ataque deste governo à classe trabalhadora. “Estamos unidos em uma agenda de mobilizações para derrotar este projeto de reforma da Previdência que está tramitando no Senado nas ruas e no Congresso Nacional. Vamos nos somar ao Grito dos Excluídos porque entendemos que a luta nas ruas também é fundamental”, disse o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
Para o dirigente, lutar pela soberania e direitos no Dia da Independência do país é muito simbólico e fundamental para denunciar este governo que bate continência para a bandeira americana e destrói a vida dos que vivem no país.
“Nunca foi tão escandalosa a subordinação do Brasil como agora com um presidente que bate continência para a bandeira americana e representa a subordinação aos interesses dos Estados Unidos e isso não é bom para nenhum brasileiro, principalmente os excluídos de emprego, de direitos e das riquezas deste país”, ressaltou.
Na avaliação dele, o Brasil tem que ser inserido na globalização de forma autônoma, com desenvolvimento social e econômico justo e, para isso, é preciso continuar na luta tanto no dia 7 quanto no dia 20, dia nacional de luta.
“Os sindicatos filiados à CUT e a esquerda brasileira precisam ir para as ruas no dia 7 para mostrarmos que o Brasil é uma grande nação independente e também para preparar e fortalecer a mobilização nacional em defesa da educação, do patrimônio público, da Amazônia e do emprego no dia 20 de setembro, também em todo país”, concluiu.
#Dia7EuVoudePreto
Os estudantes, que confirmaram que vão de roupas pretas e rostos pintados de verde-amarelo, vão protestar contra o desmonte da educação pública e contra a destruição da Amazônia. Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), a ideia é manifestar “luto” em relação às políticas do governo, sem abandonar as cores da bandeira nacional, mas protestando contra fala de Bolsonaro que pediu para todos se vestirem de verde e amarelo no dia 7.
As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, formadas por mais de 100 movimentos sociais, também estarão nas ruas.
Reforma da Previdência
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou o relatório da reforma da Previdência na quarta-feira, dia 4. O texto segue para votação em plenário, onde o presidente, Davi Alcolumbre, quer que a análise seja concluída até o início de outubro.
No plenário, a proposta precisa de ao menos 49 dos 81 votos. Se aprovada, segue para sanção presidencial.
As principais maldades seguem no texto, com idade mínima para aposentadoria de 65 anos (homens) e 62 (mulheres) e rebaixamento do valor do benefício com a mudança na fórmula do cálculo.
Na tentativa de acelerar a tramitação da proposta e evitar que o texto voltasse à Câmara, onde já foi aprovado em julho, o relator na CCJ, Tasso Jereissati, propôs uma PEC Paralela com mudanças em itens como pensão por morte, aposentadoria por incapacidade permanente, inclusão de estados e municípios, entre outros. Essa PEC Paralela aprovada na CCJ será lida em plenário, quando poderá receber emendas.
Com informações da CUT