2ª Festival Rock ABC traz shows virtuais de bandas da região e o hardcore de Dead Fish

Após o sucesso da primeira edição, ano passado, a comemoração ao Dia Mundial do Rock (13 de julho), organizada pelos Metalúrgicos do ABC, será realizada no próximo sábado, dia 18, a partir das 18h, online, com transmissão pela página do Sindicato no Facebook (facebook.com/smabc), canal do YouTube e pela Rede TVT.

A principal atração do festival, a banda Dead Fish entra ao vivo às 19h30. Antes se apresentam as bandas da região Versus Mare, Nokaos, Mollotov Attack e Caffeine Blues. O encerramento está previsto para as 21h.

Um dos organizadores do Festival, o coordenador do CSE na Mercedes, Ângelo Máximo de Oliveira Pinho, o Max, lembrou que o Festival Rock ABC, desde o ano passado, tem o objetivo de resgatar as raízes do movimento underground, punk, do rock com todas as suas vertentes e do movimento operário e sindical.

Foto: Raquel Camargo

“As raízes do movimento operário e do rock têm tudo a ver com a linha de protesto contra a exploração do capitalismo, mas com o tempo isso foi se perdendo. É preciso resgatar a essência do rock brasileiro. O pessoal que hoje é roqueiro, que apoia o movimento, tem que saber que o rock sempre foi de esquerda, sempre teve posicionamento político. Tem muito trabalhador, operário que curte o rock, mas que deixou se levar pela enganação da grande mídia e ajudou a eleger esse governo de extrema direita”.

Foto: Adonis Guerra

Também envolvido na organização da atividade, o CSE na Dura Automotive, André do Nascimento, o Cabelo, convocou a galera a curtir. “Mesmo com todas as dificuldades que estamos enfrentando com este governo que faz de tudo para esmagar o movimento sindical, não medimos esforços para realizar essa atividade. Espero que todos que gostam de rock não percam esse Festival que terá bandas da categoria e para fechar com chave de ouro e dar muita pancada no desgoverno, Dead Fish”.

Dead Fish e seus versos de Ponto Cego

Dead Fish, banda de hardcore, formada em Vitória, Espírito Santo, em 1991, atualmente composta por Rodrigo no vocal (único membro da formação original), Rick na guitarra, Marcão na bateria e Igor no baixo, traz para essa live as letras do álbum Ponto Cego, lançado em 2019, com versos raivosos sobre a situação política e social do país. Como a ‘Inevitável mudança’: Do ponto cego da história brotam vozes/ da resistência e de luta/ quando o oprimido finalmente se expressa/o resto cala e escuta”. E a música ‘Messias’ que critica diretamente de Bolsonaro: “Há 30 anos nesse jogo / Ele agora é a salvação / Sem diálogo, nem projetos / Dando graças ao ódio e ao medo”.