30 dias de resistência e luta – Sindicato recebe novamente os guerreiros de Lula
Fotos: Adonis Guerra
Milhares de apoiadores caminharam da Sede até a Matriz, em São Bernardo, ontem em ato que marcou os 30 dias de resistência e luta contra a prisão injusta do ex-presidente Lula.
Lideranças da CUT e demais centrais sindicais, representantes dos movimentos sociais, da juventude e de partidos políticos engrossaram a passeata.
“Lula foi o presidente que fez o povo ser feliz, essa mobilização não é só em defesa dele, mas do nosso País. É uma luta por direitos e pela democracia, por justiça social, por um País para todos. Lula não será libertado pelos tribunais, será libertado pelas pessoas nas ruas, é nas ruas que vamos garantir a liberdade do presidente Lula”, convocou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
Para o presidente da Central, Vagner Freitas, o povo brasileiro tem uma cultura de mobilização e deve estar atento na escolha de representantes dos trabalhadores e trabalhadoras.
“Não foi à toa que criamos o maior partido de esquerda do mundo e a maior central sindical da América Latina. A resposta que temos que dar a esses golpistas é a candidatura do presidente Lula, elegendo também políticos de esquerda”, defendeu.
A diretora executiva do Sindicato, responsável pela Formação, Michelle Marques, destacou a participação das mulheres de todas as idades na luta em defesa do ex-presidente Lula.
“Não vamos nos calar, o que está acontecendo é um crime e vamos resistir, vamos ficar juntos com ele até o final. Foi daqui que esse companheiro saiu e ele nos ensinou a lutar e nunca desistir”, disse a dirigente.
O deputado estadual, Teonílio Barba, lembrou que esta semana a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, o STF, começará a julgar um recurso da defesa do ex-presidente Lula.
“Esse julgamento comprova que o ex-presidente ainda podia apresentar recursos ao TRF-4 e, portanto, não poderia ter sido decretada a prisão do companheiro Lula”, afirmou Barba.
Segundo a presidenta do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, que esteve com o ex-presidente na semana passada na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, Lula está ‘desconjurado’ com a situação do País.
“Ele me disse: foi para isso que deram um golpe no Brasil e derrubaram a presidenta Dilma? Foi para isso que me prenderam? Para termos 13 milhões de desempregados?”, contou.
“Nesses 30 dias de injustiça só temos a prova da inocência de Lula”, completou a presidenta do PT.
O presidente do PT Estadual de São Paulo, Luiz Marinho, enfatizou a prisão política do ex-presidente.
“O presidente Lula só fez o bem para o nosso povo. Lula é inocente acima de tudo, portanto vamos gritar alto e em bom som: Lula Livre!”, clamou.
Vigília em Curitiba acompanha Lula
Foto: Filipe Araújo
Durante esses 30 dias, companheiros de caravanas de todo o Brasil se revezam no acampamento Lula Livre!, instalado próximo a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde Lula é mantido preso político.
Os companheiros na vigília mostram seu apoio, solidariedade e resistência. Lula não ficou um dia sem receber “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite” entoados por milhares de apoiadores.
Depois de ser impedido de receber visitas de governadores, senadores, deputados, amigos, do prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, e da presidenta eleita, Dilma Rousseff, o teólogo Leonardo Boff, em nova tentativa, conseguiu visitar o ex-presidente ontem.
“Ele está muito bem, com entusiasmo e vigor. Essa situação de viver em uma solitária faz com que ele reflita muito e leia muito. Ele mandou recado dizendo que é candidatíssimo e só vai renunciar no dia em que o Moro trouxer uma única prova que ele é dono do tríplex”, contou Boff.
“Ele tem a indignação justa de quem sofre por causa de falsificações, distorções e mentiras com o objetivo de liquidar a candidatura dele, enfraquecer o PT, por em xeque e desmoralizar um projeto que tem dimensão social inegável como nunca se fez na história”, afirmou.
Da Redação.