32º Congresso Mundial da FITIM: solidariedade não é apenas uma palavra

Os delegados presentes no 32º Congresso Mundial da FITIM reforçam a luta para que haja uma ação real e unitária de luta durante os debates sobre o programa de ação da FITIM, na terça-feira (26).

“Solidariedade não é apenas uma palavra”, disse o chileno Horacio Fuentes, do Constramet, falando sobre o artigo 3.1, que trata da construção de sindicatos nacionais fortes e representativos.

A necessidade por aproximações regionais foi enfatizada pelo japonês Koichira Nishihara e pelo russo Alexei Etmanov, presidente do ITUA. Na Rússia, os sindicatos são cada vez mais vítimas de ataques.

“Sem negociação coletiva, não haveria sindicato”, disse Antonino Regazzi, da italiana FLM, sobre o artigo 3.2, que fala sobre a negociação coletiva.

Os filiados da FITIM foram chamados a compartilhar suas experiências em acordos coletivos nacionais pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, que é um dos membros da delegação da CNM/CUT no Congresso. Nobre ressaltou em sua fala que os metalúrgicos brasileiros ainda sofrem com as diferenças radicais nas jornadas de trabalho e nos salários, nas diferentes regiões do país.

A delegada do sindicato estadunidense United Steelworkers (USW), Carol Landry, enfatizou a desigualdade nos salários e condições de trabalho para as mulheres, que estão pagando o preço pela crise econômica mundial.

Os delegados também disseram que a crise está piorando os abusos sobre os direitos de organização sindical na Rússia, Bielorússia, Chile, Colômbia e em outros locais, durante o debate sobre o artigo 3.3 entitulado “Defenda e proteja os direitos dos trabalhadores”.

John Vinesh Mudaliar, do sindicato NUFCW, de Fiji, resumiu o debate para o artigo 3.3: “Nós viemos de várias partes do mundo, mas temos uma tarefa comum, que é lutar pelos trabalhadores”, concluiu.

Da FITIM