34 anos de história: O apoio à ação sindical
Desde que começou a circular, em julho de 1971, a Tribuna Metalúrgica foi se adaptando aos diversos momentos vividos pela categoria, sempre preocupada em levar informações e despertar a massa crítica dos trabalhadores para a luta por um futuro digno e com plena cidadania.
Com isso, a Tribuna mudou de tamanho, de número de páginas, de periodicidade e de tiragem nestes 34 anos de vida.
O nº 1 tinha tamanho tablóide, oito páginas e avisava, em editorial, que passaria a ser a voz do trabalhador. Era tempo do general Médici na presidência, um dos períodos mais duros dos chamados anos de chumbo.
No nº 9, em março de 72, apareceu o primeiro bilhete do João Ferrador, dirigido às autoridades máximas do meu Brasil grande e potente, protestando contra o custo de vida. O personagem escreveu centenas de bilhetes aos governantes e passou a ser o símbolo de uma época da categoria com o sua frase Hoje eu não tô bom!
Nova fase
A partir de outubro de 1979, com a compra de uma copiadora, o Sindicato passou a publicar também o Suplemento Informativo. Folha ofício frente e verso.
No começo, o Suplemento publicava recortes e comentava matérias dos jornais, com preferência para as matérias trabalhistas e políticas, greves e mobilizações de trabalhadores.
Logo em seguida, passou a misturar os recortes com matérias sobre o chão de fábrica e charges. Ele era ágil e ficava pronto rapidamente. A crescente mobilização da categoria exigia rapidez na troca de informações e de saber o que acontecia no cenário nacional.
Em janeiro de 82 o Suplemento passa a ter quatro páginas em papel ofício branco. E assim foi até 1987.
Além disso, nesse período o Sindicato também editou o Suplemento Edição Especial, também em tamanho ofício, papel branco, quatro páginas, que durou até 1987.
Uma curiosidade. Em dois períodos (entre outubro a dezembro de 83 e entre janeiro a julho de 84 o editor responsável do Suplemento era a diretoria cassada pelo governo.
Em janeiro de 1988, com mais jornalistas e novas máquinas na gráfica do Fundo de Greve, a Tribuna muda de formato
Passa a ser em papel jornal, tamanho tablóide, frente e verso. As matérias são compostas e não mais feitas na máquina de escrever. As charges continuam e as fotos ficam com melhor qualidade.
O primeiro exemplar nesse formato ganha o ano IX, número 1.267. Com tiragem em cerca de 30 mil, passa a ser distribuída quatro dias por semana, menos na segunda-feira e fins de semana e ficando assim até setembro de 93, quando sai a última edição com esse nome, de número 2.293.
Com a unificação um novo jornal passou a ser distribuído na categoria, o Metalúrgicos do ABC.
Era um jornal tablóide, papel jornal, quatro páginas. Começou a ser publicado em janeiro de 93, com periodicidade esparsa, e durou até dezembro de 93. Nesse período, foram 100 edições.
A partir de janeiro de 1994 a categoria ganha a primeira edição da Tribuna Metalúrgica do ABC, nome atual. O formato continuou tablóide, papel jornal, quatro páginas, com tiragem entre 30 de 50 mil exemplares. Em 6 de junho de 2000 passou a ter cores.