36% das indústrias investem para aumentar produção, diz FGV
Como segundo motivo aparece o aumento da eficiência. Limitação de recursos próprios foi citada por 34% das empresas
A expansão da capacidade produtiva é o principal motivo para a realização de investimentos produtivos neste ano, segundo 36% das empresas de transformação consultadas na Sondagem de Investimentos da Indústria da Transformação, divulgado nesta segunda-feira (20) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
De acordo com a FGV, nos anos em que há intenção de ampliar a capacidade produtiva, as taxas de investimento da indústria costumam ser relativamente maiores. O estudo aponta que, entre 1998 e 2010, a expansão de capacidade foi o objetivo mais citado em apenas quatro edições da sondagem: 2007, 2008, 2010 e este ano. Em 2010, a proporção de empresas prevendo investir prioritariamente na expansão de capacidade havia sido de 40%.
Na sequência, aparece como segundo motivo mais citado para a realização de investimentos produtivos o aumento da eficiência produtiva, apontado por 33% das empresas. Em 2010, o motivo foi apontado por 28%. Já a indicação de substituição de máquinas e/ou equipamentos foi citada por 15% das indústrias, ante 18% em 2010. A proporção de indústrias de transformação que declara estar sem programa de investimento foi de 16% em 2011, ante 14% em 2010.
O percentual de empresas que apontaram alguma dificuldade para realizar investimentos em capital fixo manteve-se idêntico ao do ano passado, em 33% do montante total. O principal fator inibidor de investimentos foi a carga tributária elevada, apontada por 42% das empresas, um aumento de 16 pontos porcentuais em relação ao resultado de 2010.
A limitação de recursos próprios foi citada por 34% das empresas como a razão inibidora de investimentos, número inferior aos 42% registrados em 2010. Para 33% das indústrias entrevistadas, o custo de financiamento foi o principal fator para não investirem.
Já a limitação de crédito foi indicada por 24% das empresas como inibidora de investimentos, uma diminuição de 2 pontos porcentuais em relação ao ano passado, enquanto o item incertezas acerca da demanda foi citado por 19% dos entrevistados.
Do G1, com informações da Agência Estado