50 anos do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC: construindo um Brasil justo e democrático

 

Hoje, dia em que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC completa 50 anos, as homenagens vão para os milhares de homens e mulheres que com suas lutas escreveram uma parte importante da história da classe trabalhadora brasileira.
Pessoas que enfrentaram os tanques da ditadura, estiveram na vanguarda da luta em oposição aos que tentaram tirar nossos direitos, saíram às portas de fábricas, às ruas e praças para exigir liberdade, justiça e melhores condições de vida.
Todo esse processo rico e combativo formou uma consciência e, dela, um contingente enorme de militantes e lideranças que hoje estão nas universidades, nas ONGs, nos movimentos populares e nas várias esferas do poder público, ou comandam cidades, Estados e o próprio
País.
Entendemos que democracia deve ir além do direito ao voto. É também o direito de se organizar no local de trabalho, opinar e participar das decisões que afetam a vida do trabalhador.
Completar o processo de implantação da democracia no Brasil é a maior ambição do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Todos os países que alcançaram democracia, melhor distribuição de renda e justiça têm em comum um movimento sindical forte.
Temos certeza que nossa tarefa é seguir pela anos porque acreditamos que alcançaremos um País desenvolvido, solidário e igual a todos os brasileiros e brasileiras.
Disposição e compromisso temos de sobra para manter essa bandeira levantada, como você poder conferir nesta sequência de fotos e textos até a página 8.
São momentos que marcaram os nossos 50 anos de vida e contam a nossa história, uma parte da história da luta da classe trabalhadora brasileira.

A assembleia de fundação do nosso Sindicato aconteceu no Sindicato dos Marceneiros de São Bernardo, teve a presença de 71 trabalhadores e foi comandada por Lino Ezelino Carniel, o primeiro presidente. O ABC era o centro do grande avançoindustrial que tomava conta do País naquela época.

Passeata pelo abono de Natal em 1961 ocupou a região central de Santo André. A categoria participou ativamente da luta que culminaria com a conquista do 13º salário a todos os trabalhadores.


Plenária intersindical comemora o 1º de Maio em 1963 com conteúdo internacionalista. Em pleno auge da Guerra Fria, além das eivindicações dos trabalhadores, sindicalistas pediam paz e liberdade no mundo e fim dos ataques imperialistas contra Cuba.

O 1º de Maio de 1968, na Praça da Sé, em São Paulo, marcou a volta dos trabalhadores às manifestações de rua após o golpe militar de 1964. Os metalúrgicos do ABC participaram do ato que destruiu o palanque oficial em que o governador Abreu Sodré discursava. Em seguida, enfrentaram a polícia e foram em passeata até a Praça da República.