5º Congresso: Tudo o que você precisa e deve saber sobre economia solidária

O secretário nacional de Economia Solidária do governo federal, Paul Singer debate o tema amanhã, às 10h, na Sede. Ele abre o ciclo de encontros temáticos do 5º Congresso no momento em que cooperativas da Unisol fecham a cadeia do algodão orgânico. A participação é obrigatória para quem quer conhecer um outro tipo de economia.

Tear garante confecção exclusiva

O ciclo de debates temáticos do 5º Congresso dos Metalúrgicos será inaugurado pelo secretário nacional de Economia Solidária, Paul Singer. Ele vai falar de cooperativismo, cadeias produtivas e políticas públicas para o setor num momento muito especial para as cooperativas da Unisol.

É que a Textilcooper, de Santo André, acaba de fechar a cadeia do algodão orgânico, chamada de Justa Trama, que no final deste mês lança sua coleção de malhas de verão.

Isso foi possível graças a instalação de um tear circular na cooperativa para a produção de malhas. Até então, a Textilcooper trabalhava com fios de lã e sintéticos para a produção de mantas e cobertores. O tear foi doado pelo Ministério do Trabalho com recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador – FAT.

A cadeia do algodão orgânico compreende cooperativas de produtores no Ceará, que produzem a planta sem qualquer tipo de agrotóxicos. O algodão é fiado pela Cones, uma cooperativa de Nova Odessa (SP), e os fios são transformados em tecido pela Textilcooper. A Fio Nobre de Santa Catarina e a Univens do Rio Grande do Sul são as cooperativas responsáveis pela confecção.

“Todos nós ganhamos com a cadeia, seja no preço ou em prazos. O consumidor também ganha no preço e na qualidade”, disse Loide da Silva Veiga, presidente da Textilcooper. Segundo ela, os produtos terão um forte conteúdo social porque se trata de um ciclo produtivo que não tem o lucro como objetivo principal. “Isto explica o nome, Justa Trama”, afirma Loide. A coleção terá ainda detalhes artesanais de cooperativas do Pará.

Maior capacidade

Segundo ela, quando o tear circular estiver em plena capacidade de produção, a cooperativa poderá dobrar seu faturamento. “É uma forma de quebramos nossa dependência dos produtos de inverno”, afirma Loide.