68,1% dos brasileiros reprovam atuação do governo Bolsonaro na área do emprego
Outras áreas com altos percentuais de reprovação são saúde (59,6%), meio ambiente (59,5%) e educação (55,5%). Em nenhuma área gestão do governo é bem avaliada
O desempenho pessoal de Jair Bolsonaro (PL) como presidente da República é reprovado por 58,8% dos brasileiros e a gestão do governo é reprovada em todas as áreas, alcançando 68,1% de avaliação negativa quando se trata de políticas para a área de geração de emprego e renda.
Os dados são da pesquisa CNT/MDA, divulgados nesta terça (10), que confirmaram a liderança do ex-presidente Lula na corrida pela presidência nas eleições deste ano e reafirmaram a péssima avaliação que os brasileiros fazem de Bolsonaro e do governo que ele comanda.
Apesar do aprofundamento da crise econômica, com desemprego atingindo quase 12 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, a maior taxa de inflação desde 1995, e da décima alta seguida da taxa básica de juros (Selic), além do fato de Bolsonaro trabalhar menos de cinco horas por dia, ainda tem 37,9% de brasileiros que aprovam sua gestão – 3,3% não souberam ou não quiseram responder.
Reprovado em todas as áreas
Segundo a pesquisa CNT/MDA, 68,1% dos brasileiros disseram considerar pior do que esperavam no início do governo, em janeiro de 2019, a gestão do governo Bolsonaro na área de emprego e renda.
A avaliação do governo Bolsonaro tem altos percentuais de ruim também na áreas da saúde (59,6%), meio ambiente (59,5%), segurança (56,9%), educação (55,5%), benefício aos mais pobres (53%), combate à corrupção (50,6%) e combate à pandemia (48,5%).
Expectativa para os próximos seis meses é ruim
A expectativa dos brasileiros de melhoras nas áreas em que o governo é reprovado não é nada animadora.
Para os próximos seis meses, 38,4% dizem que o emprego vai ficar do jeito que está, portanto, ruim, com muitas pessoas desempregadas ou trabalhando por conta própria, sem direitos; e 19,9% dizem que vai piorar.
Sobre a renda, 51% acreditam que vai ficar como está nos próximos seis meses, ou seja, na maioria dos casos com queda do poder de compra porque os salários não são reajustados de acordo com os índices de inflação. Outros 17,7% acham que vai piorar ainda mais.
Já a saúde vai ficar igual para 45,9% e piorar para 19,3%; e a educação vai ficar como está, mal gerida, para 45,1% e vai piorar para 19,5%.