6º Congresso dos Metalúrgicos: O Sindicato em suas mãos

Mês que vem começa o 6º Congresso dos Metalúrgicos do ABC. O evento vai até maio de 2009 para permitir ampla participação da categoria e marcar os 50 anos do Sindicato. A contribuição de todos garante a qualidade das nossas ações nos 12 temas em debate.

Seminário da diretoria
do Sindicato realizado no
início desta semana definiu
a realização do 6º Congresso
dos Metalúrgicos entre
setembro deste ano a maio
do ano que vem.

Esse prazo esticado
tem dois bons motivos,
como comentou Sérgio
Nobre, presidente do Sindicato.

“Vamos levar o debate
para dentro da fábrica, pois
pretendemos oferecer a todos
os metalúrgicos a oportunidade
de participação.
Outro motivo é que queremos
fazer deste Congresso
um marco dos 50 anos do
Sindicato”, explicou. A entidade
completa meio século
em 12 de maio de 2009.

O seminário da diretoria
definiu 12 temas que se
relacionam com a conjuntura
do País. “Vamos pensar a
ação sindical num ambiente
de crescimento da economia,
com geração de emprego
e alta da produção”,
prevê Sérgio, diferentemente
dos períodos em que a categoria
fazia propostas para
superar a recessão, retomar
a produção e abrir postos
de trabalho.

Os temas do 6º Congresso

Veja um resumo dos 12 temas do Congresso e prepare-se para o debate. A sua participação é essencial para uma ação sindical cada vez mais qualificada

Trabalho Decente – as maneiras de combater a
precarização do trabalho como pessoas jurídicas,
estágios disfarçados e terceirizações impostas, e
os avanços necessários para um trabalho de maior
qualidade, com salários justos e direitos sociais.

Organização sindical – temos Comissões de Fábrica,
CIPAs dos trabalhadores, Sistemas Únicos de
Representação, Comitês Sindicais e as Comissões
de Cidadania (jovens, mulheres, negros e pessoas
com deficiência). Que novos instrumentos deveremos
criar para avançar?

Responsabilidade social das empresas – debater uma
nova visão sobre responsabilidade social das empresas,
desde o cumprimento da agenda do Trabalho
Decente às contrapartidas como educação
e formação profissional.

Comunicação – como integrar os veículos existentes
(Tribuna Metalúrgica e Revista do Brasil) aos que
virão, como rádio e tevê, para uma comunicação
com foco no trabalho e no trabalhador. Incrementar
a luta pela democratização dos meios de
comunicação.

Relações sindicais – estabelecer novos laços com os
movimentos sociais, com as universidades e agentes
políticos, para ampliar a atuação sindical para
além das fábricas.

Política cultural – construir um calendário de atividades
culturais para eventos como 1º de Maio e
Dia da Mulher e uma política que abra espaço às
manifestações da categoria nas várias áreas.

Regionalidade – os problemas das cidades do ABC
só serão superados de forma integrada. Cabe aos
trabalhadores cobrar dos novos prefeitos compromisso
com a melhoria da qualidade de vida e
geração de emprego aqui na região.

Pauta governamental – insistir em reivindicações
como o fim do fator previdenciário, correção da
tabela do Imposto de Renda e nova estrutura sindical.
Exigir maior atenção do governo estadual
à pauta dos trabalhadores.

Meio ambiente – o tema é importante pela implicação
direta entre produção, saúde, qualidade de
vida, espaço urbano, uso racional e preservação
dos recursos naturais.

Formação – a qualidade da ação sindical passa pela
formação de novos quadros dirigentes, tanto na questão
política como na qualificação profissional.

Cooperativismo – o sistema de economia solidária, a
cada dia que passa, é uma alternativa de trabalho
e de renda. Nosso desafio é desenvolver ações
para fazer crescer essa nova economia baseada
na solidariedade.

Saúde e segurança – fortalecer a organização no
local de trabalho para fazer frente aos efeitos
nocivos dos processos produtivos à saúde física e
psíquica dos trabalhadores.