7,5% não dá nem pra começar

A negociação entre
os representantes dos metalúrgicos
com os patrões
do grupo 8 terminou sem
acordo, ontem.

A Federação Estadual
dos Metalúrgicos da CUT
(FEM-CUT) rejeitou a proposta
patronal de reajuste
salarial de 7,5%, percentual
próximo ao índice da
inflação, que ainda não foi
divulgado.

Também não houve
avanços com relação às reivindicações
de mudança na
data-base para setembro,
criação de um fundo de
formação/qualificação profissional
e da implantação
de uma política permanente
de valorização dos pisos
salariais.

“Não há justificativas
para esta proposta. Hoje,
a indústria está operando
no limite da sua capacidade
instalada e tem se beneficiado
com os grandes ganhos
de produtividade. Jamais
aceitaremos este tipo de
proposta”, afirma Valmir
Marques, o Biro-Biro, presidente
da FEM-CUT.

A bancada patronal do
G.8 ainda não marcou uma
nova rodada.

Hoje, a negociação é
com o grupo 2 (máquinas e
eletroeletrônicos) e amanhã
com fundição

Mobilização –
Diante do resultado da
negociação, os sindicatos
filiados à Federação vão
intensificar as assembléias
nas fábricas para esquentar
a mobilização.

Ontem, o nosso Sindicato
fez assembléias na
Evacon, em Diadema, e na
Rolls Royce, de São Bernardo,
na qual os trabalhadores
participaram e entenderam
o recado.

“Esperamos que a bancada
do G. 8 avance nas
nossas reivindicações, caso
contrário os trabalhadores
darão a resposta nas
fábricas”,disse Biro-Biro.

Fazem parte do grupo 8
os setores de trefilação e laminação
de metais ferrosos;
refrigeração, aquecimento
e tratamento de ar; condutores
elétricos e trefilação
e laminação de metais não
ferrosos; materiais e equipamentos
ferroviários e rodoviários;
artefatos de metais
não ferrosos; balanças,
pesos e medidas; esquadrias
e construções metálicas; e
artefatos de ferro.