7 de setembro: Metalúrgicos do ABC participam de mobilização por soberania nacional e contra anistia
Em diferentes regiões do país, o 31º Grito dos Excluídos transformou a data em um dia de protestos e mobilizações populares. Em São Paulo, o ato lotou a Praça da República.

No domingo, 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil, o povo lotou as manifestações do 31º Grito dos Excluídos para lembrar que “o Brasil é dos brasileiros”. A frase estampou cartazes, bonés e camisetas.
O ato principal ocorreu na cidade de São Paulo, na Praça da República, organizado pela CUT, centrais sindicais e pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, reunindo lideranças políticas, sindicais, movimentos populares e militantes de diversos setores. As manifestações também ocorreram em diferentes regiões do país, com pautas em defesa da democracia, da soberania nacional e em repúdio à anistia para golpistas.

Para resgatar símbolos nacionais, muitos manifestantes usaram as cores verde e amarela nas roupas, além de faixas e bandeiras com dizeres como: “Fim da escala 6×1”, “Golpistas na cadeia”, “Bolsonaro na cadeia”, “Taxar os super-ricos” e “Eu defendo o Brasil”. Os participantes também contribuíram com a coleta de votos para o plebiscito popular.
O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, lembrou as pautas da classe trabalhadora. “Não aceitaremos ataques à nossa soberania nem a submissão aos interesses estrangeiros. Nossa luta é pela democracia, pelos empregos, pela redução da jornada, pela justiça tributária e contra o tarifaço de Trump, que ameaça a indústria e milhares de postos de trabalho”.

“A independência se conquista todos os dias, com o povo organizado e a classe trabalhadora mobilizada. Um filho teu não foge à luta!”, completou.
O presidente da CUT, Sérgio Nobre, destacou que o Dia da Independência de 2025 assumiu outro caráter histórico. “Um dia histórico, porque a nossa soberania, nosso país, nunca foi tão atacado como agora. Atacado por uma extrema direita apoiada pelo governo dos Estados Unidos, por Donald Trump. E é muito importante que a classe trabalhadora entenda o que está acontecendo”.
Sem anistia
Os presidentes também foram enfáticos ao repudiar a anistia. “Nós não aceitaremos a anistia pedida pela extrema direita porque é atentado à democracia; é cláusula pétrea. Eles têm que cumprir pena se forem julgados culpados”, frisou Moisés Selerges.
Sérgio Nobre também criticou a tentativa de setores do Congresso de minimizar os crimes de 8 de janeiro. “Canalhas no Congresso Nacional estão querendo anistiar bandidos, dizendo que quem foi no 8 de janeiro era só baderneiro. Ninguém que foi no 8 de janeiro era baderneiro, era golpista que foi convocado para ir para lá, impedir o governo do presidente Lula, legitimamente eleito pelo povo. E todos eles vão ter que pagar pelos seus crimes”, reforçou.