726 empresas foram criadas por ano entre 200 e 2006, diz IBGE
O estudo Demografia das Empresas revelou que a taxa de sobrevivência das empresas brasileiras situou-se em 81%, para os anos 2004 e 2006
O número de empresas ativas no País apresentou um crescimento contínuo entre 2000 e 2006, passando de 3,7 milhões para 5,1 milhões no período, segundo mostra o estudo Demografia das Empresas 2006, divulgado hoje pelo IBGE. Ao ano, foram criadas, em média, 726
567 empresas e extintas 493.766, o que representou um saldo médio anual de 232.800 empresas.
Os técnicos do IBGE explicam, no documento de divulgação da pesquisa, que esse crescimento não foi homogêneo ao longo do período analisado, variando de um saldo de 499.026 novas empresas, em 2001, a 46.379 novas em 2006. Segundo os técnicos, o crescimento do número de empresas em 2001 foi resultado tanto do maior número de entradas de empresas do período analisado (829.302 ) como do mais baixo número de saídas (330.276). Por outro lado, o baixo crescimento observado em 2006 foi resultado de um crescimento das entradas abaixo da média (710.868), com o maior número de saídas do período (664.489).
O estudo mostra ainda que a taxa média de entrada de empresas no mercado, entre 2000 e 2006, foi de 16,9%, enquanto a de saída foi de 11,2%, representando um crescimento médio anual de 5,7% no total de empresas ativas no período.
As maiores taxas de entrada de empresas foram observadas nas atividades relacionadas à agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e pesca e em atividades relacionadas aos serviços. As menores taxas foram observadas em atividades industriais, “que apresentam maiores barreiras à entrada, como maior necessidade de investimentos produtivos ou conhecimento tecnológico”.
Taxa de sobrevivência – O estudo Demografia das Empresas revelou que a taxa de sobrevivência das empresas brasileiras situou-se em 81%, para os anos 2004 e 2006. As taxas de sobrevivência mais elevadas foram verificadas nas seções de educação e saúde e serviços sociais, 87,7% e 86,6%, respectivamente. As mais baixas foram observadas em alojamento e alimentação e em atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas, com 78,5% em ambas as atividades.
Segundo o IBGE, o estudo concentrou-se em 5,1 milhões de empresas, de um total de 5,7 milhões de empresas e outras organizações ativas no Cadastro Central de Empresas em 2006. Essas empresas ocuparam, naquele ano, 30,2 milhões de pessoas, sendo 23,3 milhões (77,2%) de assalariadas. Elas pagaram R$ 324,5 bilhões em salários e outras remunerações, o que corresponde a um salário médio mensal de R$ 1.072, ou 3,2 salários mínimos mensais.
O estudo revelou que mais de 90% dessas empresas eram microempresas, 40,6% eram novas (com até 5 anos de idade) e mais da metade (53,4%) pertenciam ao setor do comércio.
Da Agência Estado