8 de março: Mulheres partipam mais. Porém diferenças continuam
Ao fazer um balanço sobre a participação feminina, hoje, no movimento sindical cutista, a coordenadora da Comissão de Mulheres e diretora executiva do Sindicato, Rosi Machado, considera que existem sinais concretos de avanço tanto na participação das mulheres como na elaboração de políticas para as questões específicas das trabalhadoras metalúrgicas.
“Começamos aproximando as companheiras ao Sindicato através de cursos de formação e de sensibilização sobre questões de gênero, movimento sindical e mudanças no mundo do trabalho”, conta Rosi. “Avançamos formando dirigentes sindicais em negociações coletivas e mostrando às trabalhadoras a importância de colocar na agenda sindical reivindicações como igualdade no acesso ao emprego, garantias aos direitos reprodutivos e de saúde física e mental da mulher, impedindo que temas com essa importância continuassem a ser tratados apenas como assuntos femininos e passassem a ser considerados de toda a categoria”, prossegue Rosi.
Diferença – “Temos esbarrado em tipos diferentes de dificuldades para suplantar alguns problemas”, revela a dirigente.
Às vezes falta apoio da família, em outras não conseguem tempo porque precisam cuidar da casa e dos filhos, existem problemas com horários, com a falta de formação política, a dificuldade de organizar o trabalho sindical dentro da fábrica e mesmo a compreensão do conjunto da diretoria do sindicato para o trabalho feminino.
Mesmo assim, Rosi comemora o que considera uma das maiores vitórias do movimento: “Conseguimos aumentar a participação da mulher na luta dos trabalhadores como uma companheira a mais. Isso vale todo o esforço”, conclui.