8 mil metalúrgicos do ABC participam do Dia Nacional de Paralisação

Cerca de oito mil metalúrgicos do ABC par­ticiparam na manhã de ontem dos atos do Dia Nacional de Paralisação e Mobilização das Categorias, organizado pela CUT e demais centrais sindicais em defesa das conquistas dos trabalhadores.

Os companheiros aprovaram a entrega dos avisos de greve pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, para as bancadas patronais.

“Estamos em um momento crucial da história com um golpe em curso, que representa a mudan­ça radical das condições que estruturam o País. São retrocessos nas condições que deram ao Brasil identidade, inclusão, respeito aos direitos e salários e, se ficarmos quietos e desunidos, vão passar o trator na gente”, afirmou o presidente do Sindicato, Rafael Marques.

(Foto: Adonis Guerra)

Foram realizadas passeatas, assembleias, pa­ralisações e atrasos na entrada das fábricas. Em São Bernardo, os trabalhadores fizeram passeatas a partir de suas fábricas e se encontraram na Av. Robert Kennedy para ato conjunto. Participaram os companheiros na Arteb, ZF, Cosma, Grundfos, Fibam, Toyota, Samot, Scania, Panex, Proxyon, AS Brasil, Mahle, Kostal, Rassini, Selco, Toledo, Pascoal, Valeo, Otis, além de representantes dos trabalhado­res nas fábricas da base.

 

São Bernardo

(Foto: Adonis Guerra)

São Bernardo

(Foto: Rodrigo Pinto)

São Bernardo

(Foto: Adonis Guerra)

São Bernardo

 

São Bernardo

(Foto: Fabiano Ibidi)

Já em Diadema, a assembleia foi realizada com tra­balhadores na Apis Delta, Delga, Legas, Metalpart e Brasmeck. Em Ribeirão Pires, o ato foi na Unitec.

 

Diadema

(Foto: Edu Guimarães)

Diadema

(Foto: Edu Guimarães)

Unitec

(Foto: Alessandro Vale)

Scania

(Foto: Rodrigo Pinto)

Rafael destacou a importância da luta contra as ameaças da terceirização ilimitada, jornada de 12 horas diárias, reforma da Previdência, além de fortalecer as negociações de Campanha Salarial.

“Voltamos à época do governo dizer aos patrões o que eles têm que fazer em uma negociação com os sindicatos. Isso é um retrocesso grave e não pode­mos de forma alguma aceitar essas condições”, disse.

“Querem que os trabalhadores se aposentem aos 65 anos começando a trabalhar aos 16 na linha de montagem. Temos que construir a unidade da classe trabalhadora e, assim, conseguirmos – na rua e na luta – manter as nossas conquistas”, prosseguiu.

Aconteceram manifestações de trabalhadores da CUT e demais centrais em todas as regiões do Brasil.

Da Redação