8º Congresso da CUT: A relação com o governo

O 8º Congresso Nacional da CUT que começa hoje em São Paulo vai debater as posições políticas para os próximos três anos, além de definir um plano de lutas e eleger a nova diretoria.

Cerca de 2.700 delegados, representando mais de três mil sindicatos de todo o País, são esperados no Palácio das Convenções do Anhembi.

Eles vão discutir as reformas previdenciária, tributária, trabalhista e sindical, além de definir o papel da CUT em relação ao governo Lula.

A tendência Articulação, majoritária no congresso, entende que a CUT deve dialogar com o governo para apresentar propostas de mudanças.

O secretário-geral Carlos Alberto Grana diz que a CUT vai decidir entre se fortalecer ou se acomodar, já que neste governo os trabalhadores têm espaço para disputar os rumos das mudanças que o País precisa.

Pela primeira vez um presidente da República vai participar do congresso. Convidado, Lula fará amanhã um pronunciamento.

No sábado, último dia do congresso, será eleita a nova direção executiva. O candidato da Articulação é Luiz Marinho, presidente do Sindicato.

Praticamente eleito, Marinho disse que a CUT vai continuar no seu papel de defender os interesses dos trabalhadores. “Vamos manter nossa independência e autonomia, e sempre que for preciso vamos criticar e pressionar o governo”, disse ele.