O PIB e o trabalhador

Em conseqüência da crise internacional, o Brasil apresentou em 2009, retração na atividade econômica. O PIB (Produto Interno Bruto), divulgado na semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), retraiu 0,2%.
Como esse número interfere na vida do trabalhador? Qual a relação do crescimento econômico do país com a sua vida, seu trabalho, sua decisão de poupar ou trocar de carro, reformar a casa, viajar?
É importante distinguir crescimento econômico de desenvolvimento econômico. O crescimento econômico é medido pela variação do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas por um país num determinado período de tempo. Já o desenvolvimento econômico, leva em consideração os padrões de bem estar da sociedade, que incluem aumento sustentado da renda por habitante, homogeneização dos padrões de consumo, melhoria nos indicadores sociais, entre outros.
Nos anos 1990, mesmo nos raros momentos em que houve crescimento econômico no Brasil a vida da população não melhorava. Este foi o caso de 1995 quando o PIB registrou alta de 4,2% e foram gerados apenas 88 mil postos de trabalho.
É a partir de 2003, que o Brasil opta por crescer com desenvolvimento e assim associar o aumento do PIB com a melhoria das condições de vida da população fazendo com que milhões de brasileiros passassem a desfrutar de direitos que ao longo da história era exclusivo de uma minoria.
Foi essa opção que possibilitou em 2009, mesmo com retração de 0,2% na atividade econômica, a geração de quase 1 milhão de novos postos de trabalho formais (com carteira assinada).
Na prática, não é só o crescimento do PIB que interfere na vida do trabalhador, mas sim se a riqueza gerada por esse crescimento é dividida por meio de mais empregos e melhores salários.
É por meio do emprego e de sua renda que o trabalhador se beneficia do crescimento do PIB e este passa a influenciar sua vida e suas escolhas.