Evento em comemoração dos 50 anos do Sindicato começa com lembranças de conquistas
Documentário e discursos de ex-presidentes marcaram o início da festa
O ato de comemoração dos 50 anos do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC começou às 20h, com a apresentação de um documentário produzido pela TV dos Trabalhadores (TVT) com imagens e depoimentos referentes aos 50 de história do Sindicato.
A seguir, o secretário-geral Wagner Santana chamou os componentes da mesa: o presidente e o secretário da primeira diretoria, Lino Ezelino Carniel e Orisson Saraiva de Castro; os ex-presidentes Paulo Vidal, Jair Meneguelli, Vicente Paulo da Silva, Guiba Navarro e José Lopez Feijóo; o ex-secretário, Carlos Alberto Grana; a vice-presidente nacional da CUT, Carmen Forro; o ex-presidente do Sindicato e prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho; a ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Roussef; o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre; o presidente Lula e a primeira dama, Marisa Letícia da Silva. Afonso Monteiro da Cruz, presidente por duas vezes e já falecido, foi lembrado.
Sofrimento
Orisson de Castro foi o primeiro a se manifestar, representando os dirigentes da “velha guarda”. “Este Sindicato sempre brilhou e vai continuar brilhando porque as novas gerações levam a luta adiante”, afirmou.
“A qualidade de nossos dirigentes é demonstrada pelo fato que saiu daqui um presidente da República que está mostrando ao Brasil que um trabalhador pode ser tão bom fora da fábrica como é na fábrica”, prosseguiu Orisson.
“Lula está desempenhando seu papel tão bem porque ele conhece o sofrimento do povo trabalhador, coisa que nenhum intelectual ou sabichão é capaz”, concluiu o secretário eleito em 1959.
Repressão
As dificuldades encontradas pelos dirigentes na época mais feroz da ditadura foi o mote do discurso de Paulo Vidal, que exerceu a Presidência do Sindicato naquele período.
“Não é por descuido dos dirigentes que no documentário que acabamos de assistir quase não existem imagens daquele período”, afirmou o ex-presidente.
“Na época, qualquer movimento, qualquer publicação, qualquer registro era usado pelos órgãos de repressão para prender e torturar trabalhadores. Por isso não existem registros do período”, lembrou Vidal.
Da Redação