19 mil metalúrgicos cruzam os braços nas montadoras no Dia Nacional de Luta

Atos na Volks, Ford, Mercedes e Scania foram realizados no horário do turno da manhã, que reúne maior número de funcionários, para reivindicar redução da jornada de trabalho, ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT, fim do fator previdenciário e nova tabela do imposto de renda

Mais de 19 mil trabalhadores das quatro principais montadoras do ABC atenderam à convocação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e  participaram ontem (28) do Dia Nacional de Mobilização e Luta para reivindicar redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, fim do fator previdenciário, nova tabela do imposto de renda e ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

 O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC organizou atos na Volkswagen, Scania, Ford e Mercedes-Benz (nessas duas empresas o ato foi conjunto) no início da manhã, turno no qual trabalha a maioria dos funcionários dessas montadoras – mais de 32 mil no total. A mobilização, cuja forma foi decidida pelos trabalhadores em cada fábrica, começou às 5h e se estendeu até por voltda das 9h.

Segundo a diretoria do Sindicato, a adesão nas fábricas foi total. Houve identificação dos trabalhadores com a pauta nacional de reivindicações apresentada pelas centrais sindicais e, no caso do ABC, complementada pelo Sindicato com a luta pelo fim do fator previdenciário e por uma nova tabela do imposto de renda.

Na Volks, sete mil trabalhadores participaram do ato realizado no pátio da montadora.  Na Mercedes-Benz, passeata no interior da fábrica culminou com ato dentro da Ford, reunindo o pessoal das duas montadoras, num total de dez mil pessoas. Na Scania, o Dia Nacional de Luta mobilizou dois mil trabalhadores – prestadores de serviços aderiram à paralisação.

Além do atual presidente e do presidente eleito do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, respectivamente, José Lopez Feijóo e Sérgio Nobre, participaram dos atos os demais membros da Executiva, os presidentes da CUT, Arthur Henrique; e do Sindicato dos Químicos, Paulo Lage, e o deputado federal Vicentinho (PT-SP). Outras lideranças sindicais, parlamentares e políticas também apoiaram a mobilização.