Metalúrgicos do ABC pressionam por proposta na Campanha Salarial

As mobilizações nas fábricas da base continuam esta se­mana, para pressionar por uma proposta melhor à Campanha Salarial 2014, pois o reajuste de 6,35% de reposição da inflação medida pelo INPC não foi considerado suficiente.

Ontem, foram realizadas assembleias na IGP, Wag­ner Lennartz e Parker, em Diadema, e na Kion Still e Samot, em São Bernardo. Agora, já são trabalhadores em pelo menos 20 empresas com mobilizações que pres­sionam os patrões.

Segundo o diretor executi­vo do Sindicato e coordena­dor de São Bernardo, Nelsi Rodrigues, o Morcegão (foto), os companheiros estão apreensivos com a ausência de proposta e a demora dos patrões em agendar novas reuniões.

“Propor os 100% do INPC foi um bom começo, mas a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, e os 14 sindica­tos filiados, mantém o diá­logo aberto para prosseguir as negociações em busca de uma proposta melhor”, prosseguiu.

Morcegão lembrou que nenhuma Campanha Salarial é fácil e os Metalúrgicos do ABC estão determinados em conquistar suas reivindicações. As principais são a reposição integral da inflação, aumento real de salários e redução de jornada sem redução de salário.

“Apesar das cláusulas sociais valerem por dois anos e estarem em vigor até 31 de agosto de 2015, lutamos também pela garantia da licença maternidade de 180 dias aos Grupos 8, 10 e Estamparia”, concluiu Morcegão.

A Federação também quer incluir em Convenção Coletiva o Vale-Cultura, no valor de R$ 50 por mês para todos os trabalhadores.

Da Redação