Bancários entram em greve a partir de hoje
Os bancários rejeitaram, na semana passada, a oferta de reajuste salarial de 6,1% apresentada pelos bancos e decidiram entrar em greve nacional por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira, informou Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Em comunicado, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), informou que os 6,1% de reajuste apenas recompõem a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A categoria cobra reajuste salarial de 11,93%, que inclui 5% de aumento real.
“Esperamos que os bancos retomem as negociações o mais rápido possível, com reajuste compatível com a riqueza do setor. Só assim a greve vai acabar”, disse, em nota, Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Além do reajuste, os trabalhadores querem Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15. Enquanto isso, as instituições financeiras, representadas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), propuseram 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.634.
Proposta
A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentada no dia 6 de setembro previa reajuste salarial de 6,1% e ressaltava que o piso salarial da categoria subiu cerca de 75% nos últimos 7 anos e os salários “foram reajustados em 58%, ante uma inflação medida pelo INPC de 42%”. Conforme a federação, o piso salarial registrou aumento real de 23,21% e por isso a proposta é significativa tendo em vista o momento econômico.
Conforme o diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, Magnus Ribas Apostólico, o momento atual exige cautela, pois a “economia está num ritmo mais lento, as margens de todos os setores estão mais apertadas e a geração de emprego está em queda. “É um momento de se preservar conquistas e não de aumentar custos, por isso a proposta prevê manutenção do poder aquisitivo.”
Pela proposta, o piso salarial para bancários que exercem a função de caixa passará para R$ 2.182,36 para jornadas de seis horas. Entre outros benefícios, estão previstos reajuste do auxílio refeição, que sobe para R$ 22,77 por dia; a cesta alimentação passa para R$ 390,36 por mês, além da 13ª cesta no mesmo valor e auxílio-creche mensal de R$ 324,89 por filho até 6 anos.
Do Terra