Sindicato promove debate, hoje, com vítimas do regime militar.

Debate sobre a ditadura hoje na Sede

AI5, abertura ampla, geral e irrestrita dos arquivos da ditadura

Saiba o que aconteceu durante a ditadura, conversando com quatro destacados participantes da luta contra o regime militar. Vá ao debate que o Sindicato promove hoje, a partir das 18h, na Sede. “Esse encontro interessa a trabalhadores, estudantes, participantes de movimentos sociais, donas de casa, enfim, a todos que estejam interessados em saber o que realmente aconteceu durante o período que vai de 1964 a 1985”, afirma José Paulo Nogueira, o Zé Paulo, diretor de Organização do Sindicato.

Conheça os debatedores de hoje

Raphael Martinelli
Um dos mais importantes líderes sindicais do Brasil até 1964. Após o golpe caiu na clandestinidade e participou da luta armada contra a ditadura pela ALN (Aliança Libertadora Nacional). Preside o Fórum Permanente dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo.

José Genoino
Militante estudantil contra o regime militar, passou para a clandestinidade após a edição do AI-5, em dezembro de 1968. Filiado ao PCdoB (Partido Comunista do Brasil), participou da Guerrilha do Araguaia. É deputado federal pelo PT de São Paulo.

Rubens Chasseraux
Há 45 anos é pároco da igreja de Nossa Senhora das Dores, em Vila Palmares, Santo André. Com atuação marcante junto aos movimentos sociais, abriu as portas da igreja aos perseguidos pela ditadura e, por isso, foi preso e torturado nas dependências do DOPS de São Paulo.

Marlon Alberto Weichert
Procurador da República. Autor do processo que denuncia o coronel Brilhante Ustra pela prática de torturas. O militar comandou o DOI-Codi de São Paulo, um dos mais conhecidos centros de torturas da ditadura. Durante a passagem de Ustra, 47 pessoas foram mortas ou desapareceram.

Exposição de fotos

O Sindicato convida igualmente a todos para visitar a exposição de fotografia Direito à memória e à verdade – A ditadura no Brasil, que também será aberta hoje na Sede.
“Algumas das cenas mais impressionantes dos 21 anos de regime militar estão nos painéis instalados na Sede”, disse Zé Paulo. “Quem não aprende com a história permite que ela se repita”, lembra. “Por isso queremos a abertura dos arquivos da ditadura. Precisamos saber o que ocorreu naqueles anos no Brasil”, conclui o diretor do Sindicato.