O desempenho positivo do PIB
O mundo vive há alguns meses uma crise de largas proporções. Há previsões pessimistas por todos os lados e perspectivas desfavoráveis para o futuro.
Mas o anúncio realizado pelo IBGE na semana passada sobre o desempenho do PIB brasileiro no primeiro trimestre do ano trouxe algum alento neste momento difícil e a esperança de que, pelo menos no Brasil, as coisas começam a melhorar.
Não estamos falando de um desempenho positivo do PIB ou da volta do crescimento da economia. Porém, se levarmos em consideração que as previsões eram ruins e que muitos analistas previam, em média, uma queda de 1,5% do PIB, a queda de 0,8% passou a ser um bom sinal de recuperação. Ainda se compararmos o desempenho do PIB brasileiro com o de grandes potências como Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Itália e Japão, o brasileiro foi melhor.
As políticas implantadas pelo governo federal como redução de IPI para automóveis e eletrodomésticos, oferta de crédito junto aos bancos públicos e, sobretudo, aquelas políticas fundamentadas antes do início da crise como a recuperação do poder de compra do salário mínimo, melhorando a capacidade de consumo das famílias, e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que gera milhares de empregos com suas obras de infraestrutura, foram fatores importantes para essa reação do PIB.
Claro que para a população que se encontra sem emprego, ou mesmo para trabalhadores em setores penalizados pela crise e que vivem o dia a dia assombrados com a ideia do desemprego, essa queda menor do PIB não altera em nada a situação.
Mas, se até analistas mais pessimistas estão revendo suas previsões e já se fala que no segundo trimestre o Brasil poderá apresentar crescimento, devemos confiar que a situação melhorará.
Afinal de contas, diz o dito popular que “a esperança é sempre a última que morre”.
Subseção Dieese do Sindocato