Filho de metalúrgico é bicampeão em Maratona Aquática Paulista
Presidente do Sindicato, Rafael Marques, com o nadador Victor Hugo e seus pais
O presidente do Sindicato, Rafael Marques, recebeu em sua sala na Regional Diadema, na última sexta-feira, dia 29, o nadador Victor Hugo de Oliveira, de 15 anos, bicampeão paulista Juvenil II de Maratona Aquática, competição em que os atletas nadam de 4 a 5 quilômetros em mar aberto, rios e represas.
Victor é filho de Marcos Augusto Nunes de Oliveira, o Bigode, trabalhador na Autometal. Sem patrocínio e apenas com o suporte da família, Victor já acumulou 180 medalhas e 35 troféus. Também é o terceiro reserva da seleção brasileira da modalidade e o quarto melhor do Estado de São Paulo no absoluto geral, com atletas de dez a 50 anos.
Rafael se comprometeu em viabilizar o apoio do Sindicato com estrutura, uniformes e materiais para o jovem nadador. “O Brasil se inseriu no esporte mundial com eventos como as Olimpíadas e a Copa do Mundo”, afirmou. “E o Victor é um belo representante dos Metalúrgicos do ABC e da juventude que a gente quer que faça o Brasil evoluir, pois são os jovens que levarão o País para frente”, disse.
Muita luta
Convidado a participar de uma competição internacional no Canal da Mancha, o braço de mar que separa a Inglaterra da França, Victor não pode concorrer devido aos altos custos da viagem.
“A piscina tem uma vantagem em relação aos patrocinadores, pois quando se consegue um patrocinador é para todos os atletas da equipe. Já em águas abertas o apoio é praticamente individual. Isso torna mais complicado arrumar um patrocínio.”, afirmou Bigode, pai do atleta.
Victor treina de três a cinco horas todos os dias e não deixa os estudos de lado. Cursando o ensino médio, o garoto diz que a escola é sua prioridade e pretende fazer um curso universitário voltado para informática e exatas.
“Estou investindo no meu futuro. Melhor eu treinar, pois vai me trazer algo no futuro, do que sair para uma balada, que não vai acrescentar nada na minha vida ou até me prejudicar”, destacou o atleta. “Foi meu pai quem me ensinou isso. Ele lutou muito para gente estar onde estamos hoje”, contou.
Da Redação