Trabalho e Cidadania faz aula dedicada ao mês da mulher
Mais de 800 trabalhadoras e trabalhadores já foram diplomados pelo curso
Ana Nice, coordenadora da Comissão das Mulheres Metalúrgicas, participou da abertura do encontro.
Foto: Rossana Lana / SMABC
“Eu entrei aqui com um pensamento sobre o Sindicato e sai com outro. Estou muito mais esclarecida”. A declaração é de Elaine Cristina Ribeiro da Rocha, operadora de usinagem na Mercedes-Benz há quatro anos. Ela fez parte da aula do curso Trabalho e Cidadania, dedicada nesta terça-feira especialmente ao mês da Mulher.
Junto com Elaine, estavam mais dezenove companheiras que formavam a grande maioria da turma. Outros seis companheiros completavam a sala, quando foi ultrapassado o número de 800 trabalhadores e trabalhadoras formados no curso.
Elas e eles tiraram as dúvidas sobre como funciona o Sindicato, como acontecem as negociações e como são feitos os acordos coletivos. Também trocaram experiências sobre o local do trabalho. Em maio, o Trabalho e Cidadania deve alcançar o número de mil participantes diplomados desde que o curso começou, em julho do ano passado.
“Acho que isso poderia ser levado para dentro das fábricas. Muitas vezes a gente acha o Sindicato distante e esse curso traz ele pra perto dos trabalhadores”, comentou Eveli Aparecida Cersosino, avaliadora de veículo de testes há 12 anos na Mercedes.
“Lembro do Sindicato de muito tempo atrás, da época dos ‘Flintstones’, e isso aqui é uma grande inovação pra mim. A gente vê aqui muita gente nova, com cabeças diferentes e percebe que a mentalidade evoluiu e o curso esclarece isso”, disse Cleber Luís das Dores, da segurança patrimonial na Mercedes.
“Às vezes a gente está dentro da fábrica mas acha que fica de fora, por não conhecer a fundo o que acontece na hora das negociações. Aqui a gente conhece isso. E vendo as companheiras na turma, sabemos que as coisas estão evoluindo no local de trabalho”, disse Ana Paula Malagutti de Souza, soldadora na Mercedes.
O encontro desta terça contou com a participação de Ana Nice Carvalho, coordenadora da Comissão das Mulheres Metalúrgicas, que fez um histórico da participação das mulheres na luta sindical.
Da Redação