Lembrar para nunca mais esquecer!

O procurador da República Marlon Alberto Weichert, um dos expositores do debate realizado na última sexta-feira no nosso Sindicato, 45 Anos do Golpe: Ditadura Nunca Mais, defende a criação de espaços de memória que retratem as atrocidades da ditadura, como os que já existem em outros países da América Latina e no Leste Europeu.
Na cidade de São Paulo, as celas do antigo DOPS – Departamento da Ordem Política e Social – um dos mais temidos locais de repressão da ditadura militar, foram reformadas e o local rebatizado com o nome de Memorial da Resistência. Em Osasco, foi inaugurado recentemente um memorial em homenagem a três trabalhadores mortos durante a ditadura: José Campos Barreto, João Domingues da Silva e Dorival Ferreira.
No Rio de Janeiro, encontra-se um terceiro memorial, que como os já citados fazem parte do Projeto Direito à Memória e à Verdade, da Secretária Especial de Direitos Humanos, que tem por objetivo recuperar a história recente do País e suas conseqüências nos dias atuais.

Formação e Memória
Para conhecer, debater e refletir sobre a história de organização, lutas e conquistas da classe trabalhadora é muito comum utilizarmos, em nossas atividades de formação, um recurso que chamamos de linha do tempo. A linha traz dados, imagens, depoimentos, contexto social, político e econômico do período estudado.
Ao abordarmos um momento histórico mais recente, como a ditadura militar, trazemos para essa linha fatos da vida dos integrantes do grupo, o que desperta um sentimento de pertencimento a uma luta, a uma classe.
Essas experiências de formação, tanto as partilhadas no debate de sexta feira como as contidas nos memoriais, nos alertam para que, insistentemente, busquemos na memória da classe trabalhadora os princípios que devem nortear os nossos desafios atuais.

Departamento de Formação