Produção de automotivos sobe. Vendas preocupam

Produção em março deste ano cresceu 3,4% na comparação com março de 2012. No mesmo período, comercialização caiu 5,5%


Foto: Raquel Camargo/SMABC

A Anfavea, associação que reúne as montadoras, anunciou que a produção do setor automotivo somou 319.121 unidades em março de 2013, uma alta de 39,2% na comparação com fevereiro e um avanço de 3,4% ante igual período de 2012.

Com o resultado, a produção acumulada nos três primeiros meses de 2013 registra alta de 12,1% sobre igual base de comparação de 2012, com 827.727 unidades.

Considerando apenas automóveis e comerciais leves, a produção chegou a 298.373 unidades, alta de 40,5% ante o mês anterior e aumento de 3,0% sobre março do ano passado.

Já a produção de caminhões atingiu 16.948 unidades – elevação de 21,9% ante fevereiro e alta de 6,6% sobre março de 2012.

No caso dos ônibus, foram produzidas 3.800 unidades em março, aumento de 26,2% sobre o mês anterior e alta de 30,9% ante março do ano passado.

Vendas
Já as vendas de automóveis, comerciais leves (vans, picapes etc.) e caminhões cresceram 20,8% em março deste ano na comparação com fevereiro.

“Apesar de ser um bom número, é importante lembrar que fevereiro foi um mês atípico, que contou com menos dias e teve o feriado do carnaval”, lembrou Fausto Augusto Júnior, coordenador da Subseção Dieese do Sindicato.

Com isso, segundo Fausto, a forma mais correta de avaliar o mercado no período é a comparação com março do ano passado, quando as vendas foram 5,5% menores agora do que em 2012.

“O resultado do mês passado aponta que a indústria já queimou seus estoques e voltou a produzir, por isso as vendas subiram. Mas não podemos esquecer que ainda estamos em um período de retomada do crescimento recorde que ocorreu em anos anteriores”, avaliou o técnico.

Sem perdas
Logo após o anuncio da renovação da isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), parte da imprensa criticou a medida, afirmando que ela diminuiria a arrecadação de impostos e aumentaria o rombo nas contas do governo federal.

Outra crítica publicada pela imprensa foi a de que o governo federal privilegia apenas alguns setores da economia com a isenção de impostos.

“Não haverá perda de arrecadação para o governo, já que os impostos que seriam recolhidos no IPI serão recolhidos de outra forma, com o aumento nas vendas”, rebate Fausto.

“Além disso, a cadeia produtiva do setor automotivo é muito grande e alcança vários setores da economia, sendo o principal motor da indústria brasileira”, prosseguiu.

“O que o governo faz é aplicar o remédio aonde o efeito será mais rápido para reanimar a economia”, comparou.

Da Redação