Com ajuda do Brasil, Fiat lucra 600 milhões de euros
O grupo italiano Fiat, que detém a maior parte das ações da americana Chrysler, registrou lucro líquido de 600 milhões em 2010, após prejuízo líquido de 848 milhões no ano anterior. Em comunicado distribuído ontem, a companhia destacou a participação do Brasil nos negócios.
O País é o maior mercado da marca e vendeu no ano passado 760,5 mil automóveis e comerciais leves, 3% a mais que em 2009. O resultado financeiro da filial será divulgado somente no fim de fevereiro.
Apenas no quarto trimestre de 2010, a Fiat lucrou 318 milhões. Além da demanda brasileira, o grupo destacou a recuperação do mercado de caminhões na Europa e o aumento da venda de tratores nos Estados Unidos.
No mesmo período de 2009, a Fiat, dona de marcas como Alfa Romeo, Ferrari, Iveco e CNH teve prejuízo de 283 milhões. Em 2010, a receita do grupo cresceu 12,3%, para 56,3 bilhões.
No relatório divulgado ontem na Itália, a Fiat cita o sucesso de vendas do novo Uno no Brasil e também o investimento de R$ 3 bilhões anunciado em dezembro para a construção de uma nova fábrica em Pernambuco, com capacidade inicial para 200 mil carros ao ano. A segunda unidade no País deve iniciar operações em 2014.
Há duas semanas, o presidente mundial da Fiat, Sergio Marchionne, afirmou que esta será a primeira fábrica nova que o grupo constrói em mais de uma década. “E, nos próximos anos, não pretendemos construir mais nenhuma”, afirmou ele em entrevista a um grupo de jornalistas durante o Salão do Automóvel de Detroit.
Como parte de uma reestruturação radical, a Fiat foi dividida em duas companhias no início deste mês. De agora em diante, a fabricante de carros Fiat e a Fiat Industrial SpA, que englobará as empresa de caminhões Iveco e a de tratores CNH, vão divulgar balanços separadamente.
Do Estadão