Mercado automotivo brasileiro será referência para negócios
Segundo o relatório sobre a crise financeira internacional produzido pela Protiviti, empresa internacional de consultoria em gestão de riscos, esse é um momento de revisão do mercado automotivo
A indústria automotiva mundial terá de se “reinventar”. Essa é a conclusão do Global Financial Crisis Bulletin. Parte dessa renovação deve partir dos modelos produtivo e de negócios brasileiro.
Segundo o relatório sobre a crise financeira internacional produzido pela Protiviti, empresa internacional de consultoria em gestão de riscos, esse é um momento de revisão do mercado automotivo.
Hoje, a meta do mercado norte-americano é desenvolver modelos compactos e médios, mais adequados à nova realidade da população local.
“As três maiores montadoras norte-americanas (Ford, GM e Chrysler) perderam 17% da sua fatia de mercado”, aponta Waldemir Bulla, sócio-diretor da Protiviti Brasil. Segundo Bulla, “essa reação é semelhante à de empresas muito grandes que não avaliam seus riscos no momento adequado. As empresas demoraram muito para entender o movimento do mercado.”
Nesse sentido, o mercado brasileiro, substancialmente compacto, passa a ser referência. Ao final de março a General Motors do Brasil anunciou a possibilidade de envio de mão de obra de sua planta local para as instalações dos Estados Unidos. “As montadoras foram muito efetivas na construção e venda do conceito de veículos econômicos e competitivos no Brasil”, lembra o sócio-diretor da Protiviti.
Para Bulla, o Brasil tem condições de exportar não só conhecimento técnico como gestão de risco e crises para o setor automotivo. A economia jovem e o mix de veículos completamente ajustado ao mercado nacional carregam uma melhor percepção da economia brasileira por parte dos empresários. “A busca agora é pelo ajuste à realidade. A proposta está mais alinhada ao espaço que a economia tem para crescer”, afirma o executivo. “Hoje temos que estar muito atentos a cada movimento do mercado. O mercado brasileiro sobreviveu a crises internas, alta inflação. Quem venceu esses obstáculos tem versatilidade para atuar em qualquer cenário.”
Do Diário do Grande ABC