Sindicato dos Metalúrgicos do ABC negocia PDV e licença remunerada com Mercedes-Benz

Programa de demissão voluntária e licença remunerada estão entre os mecanismos legais de preservação de emprego previstos, aceitos e negociados entre Sindicato e empresas para evitar demissões, de acordo com o coordenador do CSE (Comitê Sindical de Empresa) da Mercedes, Aroaldo Oliveira da Silva. A Scania colocará 300 trabalhadores em licença remunerada

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informa que o PDV (Programa de Demissão Voluntária) e a licença remunerada adotados esta semana pela unidade São Bernardo da Mercedes-Benz foram negociados entre empresa e direção do sindicato.


PDV e licença remunerada estão entre os mecanismos legais de preservação de emprego previstos, aceitos e negociados entre Sindicato e empresas para evitar demissões, de acordo com o coordenador do CSE (Comitê Sindical de Empresa) da Mercedes, Aroaldo Oliveira da Silva.


O acordo que reduziu o IPI do setor automotivo com contrapartida de garantia de emprego também permite a abertura de programas de demissão voluntária.


Na Mercedes, o PDV vale para todos os 12 mil funcionários de São Bernardo. No último dia 13, foi aberto para os horistas, mas também se estenderá aos mensalistas e será encerrado em meados de maio. Não há meta a ser atingida, segundo informou a empresa ao Sindicato.


 O programa prevê pagamento de quatro salários adicionais e três meses de plano médico, além de outros benefícios previstos em lei. Em março, 285 aposentados aderiram a PDV aberto pela Mercedes.


LICENÇA – 1.200 trabalhadores da produção entram nesta sexta-feira (18) em licença remunerada até 3 de maio. Esta medida foi negociada pelo Sindicato como alternativa para diminuir os impactos no banco de horas dos trabalhadores.


A Mercedes alega que as medidas são necessárias por conta da redução da demanda. O Sindicato reconhece que a fábrica sofre impacto da queda de produção e venda de ônibus e caminhões e, principalmente, das exportações, problema que atinge também as áreas de eixo, câmbio e motor, agregados que a fábrica exporta.


As exportações de caminhões caíram 62,8% em todo o Brasil, entre janeiro e março deste ano, e as de ônibus 39,8%, segundo levantamento da Subseção Dieese do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC com base em dados divulgados pela Anfavea (sindicato das montadoras).

 

Assessoria de Imprensa

Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
17 de abril de 2009