Vocês, mulheres, podem mudar a cara deste País

Presidente Lula abriu o 2° Congresso das Mulheres Metalúrgicas

Com as presenças do presidente Lula e das ministras Dilma Rousseff e Nilcéia Freire começou nesta quinta-feira, 25, o 2° Congresso das Mulheres Metalúrgicas do ABC.

Durante a abertura do evento, foi lançada a campanha Dá licença, eu quero 180, pela ampliação da licença maternidade para 180 dias meses. E já foi apresentada a primeira conquista da campanha, pois a Uniforja e a Toledo já estenderam a licença.

Na manhã desta sexta-feira, 26, o Congresso prossegue com a conferência sobre As mulheres e os espaços de poder e à tarde vão ocorrer quatro oficinas. O encontro encerra com uma plenária amanhã, quando será aprovada a Carta de São Bernardo com as conclusões.


Congresso tem a participação de 391 delegadas e 57 delegados de toda a categoria

Lula disse que o 2º Congresso das Mulheres  pode marcar uma nova trajetória na vida do Sindicato e das mulheres trabalhadoras porque “muito do que aconteceu aqui (no Sindicato) virou luta e conquista para todo o País. “É importante que o que se discutir e se aprovar aqui seja uma caixa de ressonância para se transformar numa plataforma de luta e de conquistas”, enfatizou

Num discurso no qual entremeou passagens de sua vida pessoal com a vivência como homem público, Lula disse que sua mulher (Marisa) adquiriu consciência à medida que começou a conviver com o Sindicato. “Foi aí que vi que a predominância não era mais a masculina e isso as mulheres deixaram explícito no Congresso de 1978”, recordou.

Guerra
Ao comentar pesquisa da subseção Dieese que mostra a mulher metalúrgica do ABC
com salários médios 53% maior que o das demais metalúrgicas brasileiras, o presidente salientou tratar-se de resultado da luta da categoria e da tradição do Sindicato e que essa luta precisa evoluir para que as mulheres tenham os mesmos direitos que os homens já conquistaram.

“É bobagem acreditar que os homens vão lhes dar mais espaço”, disse Lula se dirigindo à plateia majoritariamente feminina. “Não se trata de fazer uma guerra de gênero, daquela luta feminista dos anos 70 de mulheres contra homens, mas a luta por igualdade”, concluiu.