Sindicato mobiliza base contra PL da precarização

O Projeto de Lei (PL) 4.330, que precariza as relações de trabalho, voltou na última terça, dia 24, à pauta do Congresso Nacional. Os Metalúrgicos do ABC, a CUT e demais centrais lutam para derrubar o PL, previsto para ser votado na primeira semana de abril.

A Confederação Nacional da Indústria, a CNI, foi responsável por acender o alerta à classe trabalhadora. Dentre as propostas consideradas prioritárias pela CNI está o PL 4.330 em caráter de urgência.

“Faremos mobilizações em Brasília para impedir que a votação aconteça e prejudique os trabalhadores com a regulamentação da informalidade”, declarou o diretor executivo do Sindicato, Alexandre Colombo (destaque).

Para o dirigente, o PL fere a Constituição Federal ao não reconhecer a representação dos sindicatos nas negociações coletivas. “A medida torna-se inconstitucional, pois quebra a espinha dorsal da Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, e a Constituição”, afirmou.

“O PL divide ainda mais as categorias, enfraquecendo os sindicatos, o que permite a legalização de um processo permanente de precarização do trabalho”, disse Colombo. “Os aumentos reais de salário que os companheiros têm conquistado nos últimos dez anos são resultado da consciência das categorias pela unidade e não pela divisão”, defendeu.

Em reunião entre a CUT e demais centrais sindicais na semana passada, em Brasília, os ministros Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência da República; Carlos Gabas, da Previdência Social, e Manoel Dias, do Trabalho, debateram, além de outros pontos, o PL.

“O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afirmou que colocará o PL 4.330 em votação, mesmo sabendo que a maioria dos parlamentares desconhecem o assunto”, denunciou Colombo.

“Por isso, queremos que seja criada uma mesa de negociação para debater este tema, já que o presidente da Câmara está comprometido com setores patronais que têm interesse no Projeto”, concluiu o diretor executivo.

Da Redação